São Geraldo do Araguaia e a Guerrilha do Araguaia
Guerra realizada e idealizada “na surdina”.
Calada
pelas mordaças da censura durante o período do regime militar, mas até
hoje profundamente marcada e enraizada no coração dos moradores da
nossa região
De abril de 1972 a janeiro de 1975, São Geraldo do Araguaia foi palco de uma guerrilha - Guerrilha do Araguaia
- entre revolucionários e o regime militar, implantado no país pela
revolução de 1964. A comunidade sãogeraldense, que não tinha nada com
isso, se viu envolvida numa teia de morte, opressão, tristeza e
destruição.
No
período em que ocorreu o movimento, a população brasileira não tomou
conhecimento da sua existência, pois o governo militar proibiu qualquer
tipo de divulgação, temendo que o levante realizado servisse de exemplo
e que outros focos de rebeldia contra o regime militar surgissem em
todo o Brasil.
Essa
guerra, jamais admitida pelos governos militares ditatoriais, foi
uma grandiosíssima operação militar desenvolvida e planejada
sigilosamente pelas forças armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica e
mobilizou, no auge do conflito, cerca de 3.200 militares e 12 aviões,
incluindo 4 caças de combate T-6, para lutar contra os guerrilheiros do
PC do B (Partido Comunista do Brasil), uma dissidência armada do Partido Cumunista Brasileiro(PCB), tinha, entre eles o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, o engenheiro e campeão de boxe Osvaldo Orlando da Costa - Osvaldão, o ex-deputado federal Maurício Grabois, João Amazonas, o líder máximo do Partido.
O movimento foi organizado pelo PC do B, uma dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro (PCB),
entre 1966 e 1974. Por meio de uma guerra popular prolongada, seus
integrantes pretendiam implantar, estima-se, o comunismo no Brasil, à
semelhança do que ocorrera na China (1949) e em Cuba (1959).
Os moradores do local, que nem sabiam o que era regime militar, perseguição política, democracia ou comunismo, sofreram todos os tipos de perdas que estão intrínsecos numa guerra. Hoje se fecham no silêncio.
Os moradores do local, que nem sabiam o que era regime militar, perseguição política, democracia ou comunismo, sofreram todos os tipos de perdas que estão intrínsecos numa guerra. Hoje se fecham no silêncio.
Com o término da guerrilha, o governo rebatizou a Serra dos Martírios como Serra das Andorinhas, para não associar o nome de tão belo lugar ao triste acontecimento que foi a Guerrilha do Araguaia.
Guerrilheiros mortos presença do exército na G. Médice presi_
pela ditadura militar Serra das Andorinhas dente no tempo
da Guerrilha
José Genuíno. (fujão)
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