segunda-feira, 12 de março de 2012

São Geraldo e a Guerrilha do Araguaia

São Geraldo do Araguaia e a Guerrilha do Araguaia


Guerra realizada e idealizada “na surdina”.
Calada pelas mordaças da censura durante o período do regime militar, mas até hoje profundamente marcada e enraizada no coração dos moradores da nossa região
De abril de 1972 a janeiro de 1975, São Geraldo do Araguaia foi palco de uma guerrilha - Guerrilha do Araguaia -  entre revolucionários e o regime militar, implantado no país pela revolução de 1964. A comunidade sãogeraldense, que não tinha nada com isso, se viu envolvida numa teia de morte, opressão, tristeza e destruição.
No período em que ocorreu o movimento, a população brasileira não tomou conhecimento da sua existência, pois o governo militar proibiu qualquer tipo de divulgação, temendo que o levante realizado servisse de exemplo e que outros focos de rebeldia contra o regime militar surgissem em todo o Brasil. 
Essa guerra, jamais admitida pelos governos militares ditatoriais, foi uma grandiosíssima operação militar desenvolvida e planejada sigilosamente pelas forças armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica e mobilizou, no auge do conflito, cerca de 3.200 militares e 12 aviões, incluindo 4 caças de combate T-6, para lutar contra os guerrilheiros do PC do B (Partido Comunista do Brasil), uma dissidência armada do Partido Cumunista Brasileiro(PCB), tinha, entre eles o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, o engenheiro e campeão de boxe Osvaldo Orlando da Costa - Osvaldão, o ex-deputado federal Maurício Grabois, João Amazonas, o líder máximo do Partido.
O movimento foi organizado pelo PC do B, uma dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro (PCB), entre 1966 e 1974. Por meio de uma guerra popular prolongada, seus integrantes pretendiam implantar, estima-se, o comunismo no Brasil, à semelhança do que ocorrera na China (1949) e em Cuba (1959).
Os moradores do local, que nem sabiam o que era regime militar, perseguição política, democracia ou comunismo, sofreram todos os tipos de perdas que estão intrínsecos numa guerra. Hoje se fecham no silêncio.
Com o término da guerrilha, o governo rebatizou a Serra dos Martírios como Serra das Andorinhas, para não associar o nome de tão belo lugar ao triste acontecimento que foi a Guerrilha do Araguaia.
 
 
                                        Dina                                 João Amazonas                       Osvaldão            
 
 
 
                                 
 Guerrilheiros mortos                  presença do exército na     G. Médice presi_
pela ditadura militar                     Serra das Andorinhas        dente no tempo
                                                                                                    da Guerrilha
 
            
    José Genuíno. (fujão)
 
 

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