VEM AI O XII BAILE DOS NAMORADOS DA ESCOLA VICENTE CORREA...
AGUARDE EM BREVE MAIS INFORMAÇÕES...
terça-feira, 1 de maio de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
ATENÇÃO PROFESSOR
ATENÇÃO PROFESSOR!!!
O
Plano de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) ofertará
2.640 novas vagas a professores, das redes estadual e municipal de
ensino, que pretendem ingressar no ensino superior no segundo semestre
de 2012. As inscrições iniciam nesta segunda-feira (19), e podem ser
realizadas pelo site da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) - www.seduc.pa.gov.br.
O
número de vagas ofertadas, cursos disponíveis e outros temas foram
debatidos durante a 26ª Reunião Ordinária do Parfor, realizada na manhã
de sexta-feira (16), na sala dos conselhos da Universidade do Estado do
Pará (Uepa).
A
reunião foi presidida pelo coordenador Estadual do Parfor, professor
Licurgo Brito. Representantes das cinco instituições de ensino superior
responsáveis pelas formações estiveram presentes: Universidade Federal
do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (Uepa), Universidade
Federal Rural da Amazônia (Ufra), Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) e Universidade Federal do Oeste do
Pará (Ufopa).
Desde
2009, quando foi implantado, até 2012, o Parfor garantiu formação
superior a mais de 22 mil professores. A meta é formar, até 2016, mais
de 41 mil docentes.
Juntas,
as instituições ofertam 27 cursos de licenciatura, na modalidade
presencial, sendo o maior número de vagas oferecido pela UFPA, com
preenchimento de cerca de 90%.
Para
Licurgo Brito, o Plano está cumprindo a meta estabelecida. “Estamos com
um ritmo muito bom de ofertas, e conseguindo atender a demanda do
Estado”, garantiu.
Atualmente,
o Parfor está presente nos 143 municípios paraenses, em 63 polos que
gerenciam diversas localidades. Entre os novos cursos estão o de
Licenciatura em Artes Visuais, Licenciatura em Dança e Licenciatura em
Teatro. Pedagogia é o curso que apresenta maior procura, com oferta em
vários municípios.
Centro
de Formação - Entre as novas propostas do Parfor está a implantação do
Centro de Formação de Profissionais da Educação no Pará, uma unidade
gestora de promoção da formação continuada dos profissionais da
educação básica. O Centro deverá congregar várias instituições
educacionais, visando a qualificação do ensino-aprendizagem.
Entre
as atribuições do Centro, que terá sua sede no prédio do Instituto de
Educação Estadual do Pará (IEEP), está o fomento a um trabalho
articulado entre as escolas, secretarias de educação e instituições
formadoras, voltado ao planejamento e à execução da formação continuada
dos profissionais de educação.
“O
Centro será um interlocutor entre as instituições formadoras e os
sistemas de ensino estaduais e municipais, com a função de captar
recursos e apresentar demandas, entre outras atribuições”, explicou
Licurgo Brito.
Durante
a reunião também foi apresentado o projeto de incentivo à experiência
pedagógica “Uso de Tecnologias de Informação e Comunicação na Formação
de Professores do Pará”, que utilizará recursos de informação e
comunicação (TIC) na formação dos alunos-professores.
O
coordenador informou que essas tecnologias servirão para “incentivar
professores-formadores e coordenadores dos cursos de graduação do
Parfor, no desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa e extensão”.
Texto extraido do blog Saga News
segunda-feira, 12 de março de 2012
NOVO PARAÍSO: POSSÍVEL NOVO MUNICÍPIO PARAENSE
Se as expectativas se concretizarem, serão criados mais 46 municípios no Pará, que passará a ter 190 municípios, com boas possibilidades de a população eleger os novos prefeitos e vereadores já nas eleições de 2012.
Vale lembrar que, no Pará, quem decide sobre a criação de novos municípios, é exatamente a Assembleia Legislativa do Estado, daí a confiança dos movimentos emancipacionistas.
Dos possíveis 46 novos municípios que o movimento pretende criar, 21 estão localizadas no sul e sudeste do Estado, são eles: Marabá (Brejo do Meio, Morada Nova, Vila Santa Fé e Vila Capistrano de Abreu); Itupiranga (Vila Cruzeiro do Sul e Cajazeiras); Xinguara (Rio Vermelho e Vila São José do Araguaia); São Geraldo do Araguaia (Novo Paraíso); Santana do Araguaia (Vila Mandi); Dom Elizeu (Bela Vista do Pará); Floresta do Araguaia (Bela Vista); Altamira (Castelo dos Sonhos); Água Azul do Norte (Nova Canadá); São Félix do Xingu (Taboca, Lindoeste, Morada do Sol e Nereu); Novo Repartimento (Vitória da Conquista, Belo Monte e Maracajá).
Texto retirado do Blog Saga News
São Geraldo e a Guerrilha do Araguaia
São Geraldo do Araguaia e a Guerrilha do Araguaia
Guerra realizada e idealizada “na surdina”.
Calada
pelas mordaças da censura durante o período do regime militar, mas até
hoje profundamente marcada e enraizada no coração dos moradores da
nossa região
De abril de 1972 a janeiro de 1975, São Geraldo do Araguaia foi palco de uma guerrilha - Guerrilha do Araguaia
- entre revolucionários e o regime militar, implantado no país pela
revolução de 1964. A comunidade sãogeraldense, que não tinha nada com
isso, se viu envolvida numa teia de morte, opressão, tristeza e
destruição.
No
período em que ocorreu o movimento, a população brasileira não tomou
conhecimento da sua existência, pois o governo militar proibiu qualquer
tipo de divulgação, temendo que o levante realizado servisse de exemplo
e que outros focos de rebeldia contra o regime militar surgissem em
todo o Brasil.
Essa
guerra, jamais admitida pelos governos militares ditatoriais, foi
uma grandiosíssima operação militar desenvolvida e planejada
sigilosamente pelas forças armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica e
mobilizou, no auge do conflito, cerca de 3.200 militares e 12 aviões,
incluindo 4 caças de combate T-6, para lutar contra os guerrilheiros do
PC do B (Partido Comunista do Brasil), uma dissidência armada do Partido Cumunista Brasileiro(PCB), tinha, entre eles o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, o engenheiro e campeão de boxe Osvaldo Orlando da Costa - Osvaldão, o ex-deputado federal Maurício Grabois, João Amazonas, o líder máximo do Partido.
O movimento foi organizado pelo PC do B, uma dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro (PCB),
entre 1966 e 1974. Por meio de uma guerra popular prolongada, seus
integrantes pretendiam implantar, estima-se, o comunismo no Brasil, à
semelhança do que ocorrera na China (1949) e em Cuba (1959).
Os moradores do local, que nem sabiam o que era regime militar, perseguição política, democracia ou comunismo, sofreram todos os tipos de perdas que estão intrínsecos numa guerra. Hoje se fecham no silêncio.
Os moradores do local, que nem sabiam o que era regime militar, perseguição política, democracia ou comunismo, sofreram todos os tipos de perdas que estão intrínsecos numa guerra. Hoje se fecham no silêncio.
Com o término da guerrilha, o governo rebatizou a Serra dos Martírios como Serra das Andorinhas, para não associar o nome de tão belo lugar ao triste acontecimento que foi a Guerrilha do Araguaia.
Guerrilheiros mortos presença do exército na G. Médice presi_
pela ditadura militar Serra das Andorinhas dente no tempo
da Guerrilha
José Genuíno. (fujão)
A HISTÓRIA DE SÃO GERALDO DO ARAGUAIA
A HISTÓRIA DE SÃO GERALDO DO ARAGUAIA
São
Geraldo do Araguaia tem sua origem datada do final da década de 1940
e ao início da década de 1950, com a exploração manual do garimpo
de cristal de rocha, mais conhecido por "Garimpo do Chiqueirão”,
que se localizava na margem direita do rio Araguaia, no atual Estado
do Tocantins (antigo Estado de Goiás), na área aonde hoje
localiza-se o município de Xambioá.
Com o fim da jazida devido exploração do garimpo, as pessoas que se dedicavam à exploração ficaram ociosas. Algumas retornaram para sua terra natal e muitas outras, vendo que a região era próspera, passaram a buscar outros meios alternativos que lhes permitissem fixar e sobreviver na região. A principal atividade a que se dedicaram foi à coleta de produtos nativos, fartamente existentes na área, principalmente a Castanha-do-Pará. Outras se dedicaram ao plantio de culturas que lhes garantissem a subsistência.
Com o fim da jazida devido exploração do garimpo, as pessoas que se dedicavam à exploração ficaram ociosas. Algumas retornaram para sua terra natal e muitas outras, vendo que a região era próspera, passaram a buscar outros meios alternativos que lhes permitissem fixar e sobreviver na região. A principal atividade a que se dedicaram foi à coleta de produtos nativos, fartamente existentes na área, principalmente a Castanha-do-Pará. Outras se dedicaram ao plantio de culturas que lhes garantissem a subsistência.
Efetivamente
e historicamente, a ocupação da região teve início no ano de
1953, quando João Rego Maranhão construiu um barracão próximo à
foz do rio Xambioá, na margem esquerda do rio Araguaia, para compra
de castanha e produtos de subsistência (sobressaindo-se aí o arroz)
coletados ou produzidos pelos pequenos agricultores/coletores
residentes nos castanhais, que desciam dos afluentes do Araguaia e do
Xambioá com objetivo de comercializarem seus produtos em Marabá.
Com o passar do tempo, muitas famílias de castanheiros e
agricultores foram construindo suas casas nas proximidades do
barracão de João Rego Maranhão, formando um vilarejo.
Dona
Leocádia, esposa de João Rego, não conseguindo engravidar, fez uma
promessa que se tivesse um filho colocaria o nome de Geraldo,
homenageando um Santo italiano(São Geraldo Magela). Dona Leocádia
teve o filho e chamou-o de Geraldo, como havia prometido.
Com
a morte do único filho do comerciante, as pessoas, que moravam ao
redor e nas proximidades do barracão, construíram uma capela e a
dedicaram a São Geraldo, em homenagem ao filho falecido que tinha
esse nome.
Da
combinação do santo, do nome do filho do casal e o fato de morarem
às margens do Rio Araguaia, resultou o nome do nosso município: São
Geraldo do Araguaia.
A área, que naquela época estava localizada São Geraldo do Araguaia, fazia parte do município de Conceição do Araguaia sendo, portanto, região subordinada e integrante politicamente de Conceição do Araguaia e eram terras habitadas por quem não possuía título de posse das mesmas.
No final da década de 60, começaram a surgir nessa região conflitos pela posse da terra, reflexo da política desenvolvimentista levada a efeito pela SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia). Um fato ocorrido entre 1968 e 1975, veio acirrar os conflitos já existentes por aqui, provocando uma violenta repressão do governo federal, com graves conseqüências para os moradores de São Geraldo do Araguaia (cujos moradores mais antigos lembram com tristeza de todos os acontecimentos aqui ocorridos) e com grande repercussão histórica e política para o país: a Guerrilha do Araguaia.
Com intuito de acabar com os conflitos de terras aqui existentes naquela época, O coronel Alacid Nunes, quando eleito governador do estado em 1979 e com expressiva votação em nossa região, adquiriu outras terras de castanhais em Conceição do Araguaia e as doou em troca das já aqui ocupadas por nossos antigos moradores, que desenvolveram nesta área o povoado que hoje faz parte da nossa cidade.
A área, que naquela época estava localizada São Geraldo do Araguaia, fazia parte do município de Conceição do Araguaia sendo, portanto, região subordinada e integrante politicamente de Conceição do Araguaia e eram terras habitadas por quem não possuía título de posse das mesmas.
No final da década de 60, começaram a surgir nessa região conflitos pela posse da terra, reflexo da política desenvolvimentista levada a efeito pela SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia). Um fato ocorrido entre 1968 e 1975, veio acirrar os conflitos já existentes por aqui, provocando uma violenta repressão do governo federal, com graves conseqüências para os moradores de São Geraldo do Araguaia (cujos moradores mais antigos lembram com tristeza de todos os acontecimentos aqui ocorridos) e com grande repercussão histórica e política para o país: a Guerrilha do Araguaia.
Com intuito de acabar com os conflitos de terras aqui existentes naquela época, O coronel Alacid Nunes, quando eleito governador do estado em 1979 e com expressiva votação em nossa região, adquiriu outras terras de castanhais em Conceição do Araguaia e as doou em troca das já aqui ocupadas por nossos antigos moradores, que desenvolveram nesta área o povoado que hoje faz parte da nossa cidade.
No
início da década de 80, ocorreu aqui uma grande enchente e a área
então povoada ficou submersa, mostrando e comprovando que não era
propícia para ser habitada.
O
então prefeito de Conceição do Araguaia, Giovanni Queiroz,
utilizando dinheiro da união adquiriu terras próximas ao povoado e
na parte alta, para livrar os moradores de enchente, e as loteou
entre os moradores, formando a vila de São Geraldo do Araguaia, que
mais tarde viria a se transformar na sede do nosso município.
Três
fatores contribuíram muito para que o povoado, que hoje é São
Geraldo do Araguaia, rapidamente alcançasse desenvolvimento: 1º) A
criação do GETAT (Grupo Executivo de Terras de Araguaia-Tocantins),
com objetivo de tentar resolver os conflitos fundiários. 2º) A ação
do exército com abertura de estradas. 3º) O assentamento
de posseiros ou colonos, contribuindo com a nossa povoação.
Os
moradores logo perceberam a vocação que o povoado tinha para a
pecuária e logo abandonaram as
áreas
dos castanhais e vieram se concentrar em pequenas áreas ou vilas,
dando origem às inúmeras
regiões
que hoje compõem nosso município.
O
nosso crescente desenvolvimento e as riquezas aqui existentes
permitiam-nos caminhar com nossos próprios passos e esta realidade
levou nossa população a pleitear nossa emancipação política e o
conseqüente desmembramento de Xinguara ( éramos então, na
oportunidade, povoado de Xinguara).
A sociedade organizada, associações e sindicatos, cidadãos e cidadãs amantes desta terrinha passaram então a fazer abaixo-assinados e a enviarem a políticos e ao governo do estado solicitando nossa emancipação.
A sociedade organizada, associações e sindicatos, cidadãos e cidadãs amantes desta terrinha passaram então a fazer abaixo-assinados e a enviarem a políticos e ao governo do estado solicitando nossa emancipação.
Foi
realizado um plebiscito e nossa emancipação não teve a aprovação
necessária, isto porque pessoas mal intencionadas, donas do poder e
que queriam continuar usufruindo de nossa renda, orientaram nossa
população humilde de forma errada, fazendo-as trocarem o sim pelo
não.
Historicamente
e administrativamente, antes de chegarmos à condição de município,
nossa região foi reconhecida inicialmente com a
denominação de distrito de São Geraldo do Araguaia, pela
lei estadual nº 2460, de 29/12/1961, subordinada ao município de
Conceição do Araguaia. Pela
lei estadual nº 5028 de 13/05/1982, o distrito de São Geraldo
do Araguaia passou a denominar-se simplismente São Geraldo
e a
pertencer ao município recém criado: Xinguara.
Em
10 de maio de 1988, atendendo a pedido de inúmeras pessoas, O
governador do Estado Dr. Hélio da Mota Gueiros cria o município de
São Geraldo do Araguaia mediante a Lei Nº 5.441, desmembrando-o do
município de Xinguara. Tornamos-nos, então, independentes
politicamente e geograficamente.
A
instalação oficial ocorreu no dia 1º de janeiro de 1989, quando
tomaram posse o prefeito Raimundo Silveira Lima, o vice-prefeito José
Pereira da Costa e os vereadores eleitos no pleito de 03 de outubro
de 1988.
Nossas
principais localidades, em termos de contingente
populacional, são: Novo Paraíso, Fortaleza, Dois Irmãos, Vila
Nova, Santa Cruz e Sucupira.
10
de maio é o dia que comemoramos o aniversário de São Geraldo do
Araguaia.A.História de São Geraldo do Araguaia.
quarta-feira, 7 de março de 2012
terça-feira, 6 de março de 2012
SELECIONADAS
ARILDO AFONSO
NOVO PARAISO: CAMPEÃO 2011 EM PIÇARRA - PA
RAIMUNDO GILSO
RAIMUNDO GILSO E NILSA
IRENALDO
GINÁSIO DE SÃO GERALDO DO ARAGUAIA
NOVO PARAISO: CAMPEÃO 2010 EM SÃO GERALDO DO ARAGUAIA-PA
segunda-feira, 5 de março de 2012
PROPOSTA CURRICULAR DE ESTUDOS AMAZÔNICO
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA DE ESTUDOS AMAZÔNICOS
Séries 6º, 7º, 8º, 9º ANO
A
cultura está repleta de símbolos e significados, voltado para o
meio ambiente e social de cada ser humano sob o domínio de uma
estética que permanece na memória de um grupo social que determina
sua vida. Para Mello (2000), a cultura apresenta acepções próprias,
logo se pode analisar um grupo enfocando sua cultura subjetiva que
seria seus conjuntos de valores, conhecimentos e crenças, ou sua
cultura objetiva os hábitos, comportamentos, objetos de arte, todo o
conjunto da obra humana.
Loureiro (1995, p.
27) entende por “cultura amazônica aquela que tem sua origem ou
está influenciada em primeira instância, pela cultura do caboclo.”
Observa-se que a Cultura Amazônica esta repleta de símbolos
preservados na memória coletiva de homens, mulheres e crianças
ribeirinhas diante do olhar para a natureza que os cerca. A riqueza
oferecida pela cultura ribeirinha ocorre pela extensão dos rios e as
particularidades do meio onde foi socializado cada grupo, porém
oferece um rico arsenal de histórias locais com um olhar próprio.
Na
cultura amazônica predomina o imaginário presente na identidade
presente na cultura cabocla “como produto da acumulação de
experiências sociais e da criatividade dos seus habitantes”.
(LOUREIRO, 1995, p.55). Assim, através de sua história de vida, o
seu modo, a forma como convive permite o relato de experiência de
vida trazida por esses alunos – trabalhadores que desde muito cedo
ajudam suas famílias através de atividades como pesca, agricultura
e trabalho na roça.
Loureiro (1995,
p.56) entende que:
A Cultura Amazônica
onde predomina a motivação de origem rural ribeirinha é aquela na
qual melhor se expressam mais vivas se mantêm as manifestações
decorrentes de um imaginário unificador refletido nos mitos, na
expressão artística propriamente dita e na visualidade que
caracteriza suas produções de caráter utilitário – casas,
barcos.
O
mito é um elemento fundamental para compreender o processo da
cultura Amazônica uma vez que decorre de um imaginário que
materializa e dá vida própria a natureza diante do mundo físico
que já encontrou construído. Assim, a vida social identifica-se
numa linguagem poética presente no meio ambiente em que vivemos
anterior aos tempos históricos, que flui como a água.
As crianças
ribeirinhas são alunos que passam a viver com mais intensidade a
expressão da cultura local, pois reproduzem as narrativas orais
contadas pessoas da comunidade. As narrativas míticas se fazem
presentes no imaginário da criança refletindo o contexto com o meio
em que vive através da linguagem. Deste modo, é a linguagem que
caracteriza enquanto sujeito social. Nela, a criança interage com a
língua, cresce no seu aprendizado e penetra na escrita viva e real,
feita na história
(KRAMER, 1993).
Nas
comunidades ribeirinhas1,
predomina a transmissão oralizada mantendo viva a relação entre a
floresta (mãe terra), o rio (água, o peixe) numa atitude de
sobrevivência da vida, de sua família e da comunidade em que vive.
O caboclo amazônico possui este olhar de ser humano que se destaca
pelo olhar e pelo ver diante do seu cotidiano. A própria
experiência mítica no contexto da cultura se relaciona pela
experiência representada nas experiências humanas, em que a própria
cultura amazônica legitima o mundo dos homens, expressas pela alma
nativa pela compreensão da vida e da natureza. Compreender a
Amazônia e a experiência humana nela acumulada é revelar o homem,
o amor, a morte, o trabalho e a natureza, ou seja, o seu próprio
imaginário.
Ora,
percebe-se que as crianças narram histórias que fazem parte do seu
cotidiano, contendo registro das narrativas escritas, marcas de
oralidade presente nos mitos e as lendas contadas pelo caboclo
amazônico e que são variantes de uma comunidade para outra.
Entende-se na afirmação de Walter Benjamin (1980, p.198) que “A
experiência que passa de pessoa a pessoa é a fonte a que recorreram
todos os narradores. E, entre as narrativas escritas, as melhores são
as que menos se distinguem das histórias orais contadas pelos
inúmeros narradores anônimos”.
Benjamin
(1980, p. 200) faz uma relação entre sujeito, linguagem, história,
mostrando a importância de trocar experiência e nossas histórias,
pois “o narrador é um homem que sabe dar conselhos, mas se dar
conselhos parece hoje algo de antiquado, é porque as experiências
estão deixando de ser comunicáveis. ’’ Assim, a cultura
proporciona contar histórias na roda, na rede, mantendo um registro
de experiências no mundo em que o cerca.
Benjamin (1980, p. 197-198)
afirma que:
(...)
a arte de narrar está em vias de extinção. São cada vez mais
raras as pessoas que sabem narrar devidamente. Quando se pede num
grupo que alguém narre alguma coisa, o embaraço se generaliza. É
como se estivéssemos privados de uma faculdade que parecia segura e
inalienável: a faculdade de intercambiar experiências.
É indispensável
rever o poder da narrativa, a fim de buscar de forma dinâmica e
criativa ao cotidiano escolar e educacional. É imprescindível, para
isso, investigar as práticas de educação que possibilitem analisar
a criança diante de sua palavra e de sua escuta em todas as
possibilidades, explorando diferentes linguagens culturais do
cotidiano ribeirinho. Desse modo, a narrativa compartilhada através
dos mitos, contos, enfim das histórias narradas e contadas pelos
seus pais deve ser estudada, estimulando o prazer de contar, ouvir,
ler, e criar novas histórias de forma estética bonita, ou seja,
bela.
Na proposta de
Adorno (2000) se estabelece uma educação voltada para Emancipação,
que é sempre simultaneamente vivenciada na educação dos valores
culturais, políticos e econômicos para que ocorra a aprendizagem na
Escola. Sendo assim, a Escola exige do educador uma postura que
esteja aberta para o desenvolvimento educacional através da cultura
inerente na comunidade Escolar. É, pois, interessante relacionar o
saber, nessa perspectiva de instrumento de relação professor –
aluno, à tarefa do educador para que ocorra a aprendizagem através
da cultura que o cerca. O caráter emancipa tório presente na
Educação necessita de ter um caráter consciente na proposta de
formação de educadores e educando na Escola.
OBJETIVOS
GERAIS DA DISCIPLINA DE ESTUDOS AMAZÔNICOS
- Conhecer o espaço amazônico a partir da perspectiva regional compreendendo a relação dos homens;
- Compreender a dinâmica do processo produtivo dos ciclos extrativistas;
- Compreender a regionalização do espaço Geográfico como conseqüência da participação política, social e econômica;
- Compreender as diversas formas de ocupação da região amazônica, levando em consideração a política colonialista, e o principal papel da Amazônia dentro desse contexto;
- Conhecer as relações sociais, econômicas, políticas e culturais da região amazônica;
- Entender a política econômica da Amazônia, analisando seus processos constituidores legais e ilegais;
- Analisar criticamente os principais problemas da Amazônia como região exportadora de matéria-prima;
- Correlacionar os modos de produção do Espaço Amazônico: ontem e hoje;
- Identificar as principais atividades geradoras de produtos ou matérias-prima da região;
- Identificar e relacionar os locais de transformação (agregação de valores dos minerais);
- Enumerar as principais áreas de intensa atividade pecuarista na região;
- Analisar criticamente a problematização decorrente do acelerado processo de devastação da Amazônia;
- Refletir sobre o papel da Amazônia na divisão internacional do trabalho.
COMPETÊNCIAS
DA 5ª /6º ANO
- Refletir sobre a relação dos homens com a natureza, a partir da observação da realidade que o cerca;
- Conhecer os processos de formação político-administrativo do município;
- Conhecer e diferenciar espaço natural geográfico;
- Reconhecer o ser humano como agente social que integra o espaço geográfico;
- Analisar o processo de construção histórico da região paraense.
HABILIDADES DA 5ª /6º ANO
- Debater sobre as transformações que os homens operam na natureza, conhecendo e diferenciando o espaço natural e geográfico;
- Trocar idéias e informações, colaborando para a construção coletiva;
- Identificar e valorizar os indígenas de São Geraldo do Araguaia e regiões vizinhas;
- Identificar os principais problemas sociais, econômicos e ambientais no município;
- Debater as formas de colonização da região Amazônica;
- Identificar as diferentes formas da regionalização do espaço Amazônico;
- Identificar as causas e conseqüências ocorridas no processo de ocupação do Pará;
- Resgatar a importância da diversidade étnica formação cultural do espaço paraense;
- Demonstrar a importância cultural de índio, negro e branco no crescimento e desenvolvimento regional.
EIXOS
NORTEADORES
Espaço
geográfico amazônico
- Conceito de espaço geográfico
- O trabalho do homem constrói o espaço geográfico
- Contextualização da região sobre aspectos naturais, econômicos e sociais
- Unidades da federação formadora da região
- Localização geográfica
- Amazônia segundo IBGE. (contextualização)
Processo
de construção do espaço São Geraldense
- Espaço geográfico São Geraldense (localização, posição geográfica e limetroficas)
- Aspectos naturais (relevo, vegetação, clima e hidrografia)
- Origem de município de São Geraldo
- Lutas políticas no processo de emancipação do município
- Índios, os donos da terra
- Chegada do homem branco: conflitos e perdas de identidade
- Atividades econômicas: castanha, agricultura, pecuária, garimpagem, madeira, cacauicultura, pesca e cerâmica
- Cultura
- Patrimônios históricos do município.
Impactos
sociais, econômicos e culturais
- Impactos ambientais do município
- Poluição (da água, ar, lixo, visual e sonora)
- Desmatamento e queimadas
- Assoreamento dos rios e córregos
COMPETÊNCIAS
DA 6ª /7º ANO
- Refletir sobre a relação dos homens com a natureza, a partir da observação da realidade que o cerca;
- Conhecer os processos de formação político-administrativo do município;
- Conhecer e diferenciar espaço natural geográfico;
- Reconhecer o ser humano como agente social que integra o espaço geográfico;
- Analisar o processo de construção histórico da região paraense.
HABILIDADES
DA 5ª /6º ANO
- Debater sobre as transformações que os homens operam na natureza, conhecendo e diferenciando o espaço natural e geográfico;
- Trocar idéias e informações, colaborando para a construção coletiva;
- Identificar e valorizar os indígenas de São Geraldo do Araguaia e regiões vizinhas;
- Identificar os principais problemas sociais, econômicos e ambientais no município;
- Debater as formas de colonização da região Amazônica;
- Identificar as diferentes formas da regionalização do espaço Amazônico;
- Identificar as causas e conseqüências ocorridas no processo de ocupação do Pará;
- Resgatar a importância da diversidade étnica formação cultural do espaço paraense;
- Demonstrar a importância cultural de índio, negro e branco no crescimento e desenvolvimento regional.
EIXOS
NORTEADORES DA 6ª/7º ANO
Fundação
de Belém
- Surgimento
- Núcleos de povoamentos
População
aumentou e tem características novas
- População paraense aumentou muito
- Índios tornaram-se minorias na população paraense
Outros
setores econômicos, além do extrativismo da borracha
- Tentativa de desenvolver a agricultura
- Tímida expansão de indústria
- Meios de transportes
Belém.
A bela capital do Pará
- Marcas de Belém da época da borracha
- Crescimento excepcional em 50 anos
- Importância regional de Belém no período
- Belém uma cidade moderna
- Classes sociais
Culturas:
diversidade crescimento
- Tradições populares
- Tradições dos nordestinos incorporadas à cultura
- Cultura erudita no Pará
Amazônia
espaço e região
- Região amazônica segundo o IBGE
- Amazônia Legal; - Amazônia Internacional; - Região geoeconômica e Região administrativa
O
processo de construção do espaço regional
- O espaço amazônico de ontem
- O espaço amazônico de hoje
- Sudan; - Suframa; - Polamazônia
- Programa de Integração Nacional
- Projeto Sivam
COMPETÊNCIAS DA
7ª/8º ANO
- Identificar as diferentes formas de relações econômicas do Espaço Amazônico;
- Analisar criticamente os principais problemas da Amazônia como região exportadora de matéria-prima;
- Analisar criticamente a problemática decorrente do acelerado processo de devastação da Amazônia;
- Refletir criticamente a política adotada pelo governo federal e a relação de exploração e dominação da população e dos recursos naturais da Amazônia.
HABILIDADES 7ª/
8º ANO
- Correlacionar os modos de produção do espaço amazônico: ontem e hoje;
- Identificar e relacionar os locais de transformação (agregação de valores dos minerais);
- Enumerar as principais áreas de intensa atividade pecuarista na região;
- Refletir sobre o papel da Amazônia na divisão internacional do trabalho;
- Conhecer o seringueiro como personagem de nossa indispensável no processo de construção de nossa região;
- Identificar os principais personagens da estrutura fundiária de nossa região; ontem e hoje;
- Analisar geograficamente o processo de ocupação, exploração da Amazônia e suas implicações sociais, ambientais, políticos e culturais;
- Debater as diversas formas de exploração da fauna e da flora da região amazônica, levando em consideração o comércio ilegal da biodiversidade no mercado interno e externo;
- Identificar os principais problemas ocasionados pelas ocupações desordenadas dos espaços urbanos.
EIXOS NORTEADORES
DA 7ª/ 8° ANO
Amazônia
e suas relações econômicas
- A Divisão Territorial do Trabalho
- O papel da Amazônia na Divisão Territorial do Trabalho
Produção
extrativa, a agricultura e pecuária na Amazônia
- Borracha: da atividade extrativa à heveacultura
- Látex, seringa, Hévea
- Europeus descobrem a borracha (séc. XVIII)
- Do uso artesanal até a grande indústria (séc. XIX)
- Da droga do sertão à borracha industrial
Seringueiro
- Testemunha conta; – atividade de seringueiro
- Dia-a-dia do seringueiro. Quem eram os seringueiros daquela época seringou e organização
- Geografia dos seringais do Pará
- Cacau: do extrativismo á cacauicultura
- Castanha do Pará uma espécie em extinção
- Outras espécies vegetais nativas da Amazônia que passaram a ser cultivadas
- Cultura asiática introduzidas na Amazônia
- Gado bovino, búfalo e pecuária empresarial
- Atividade madeireira, atividade garimpeira
Produção
industrial na Amazônia
- As primeiras indústrias
- A indústria regional e os incentivos fiscais
Os
grandes projetos e a economia regional
- Primeiro projeto Manganês e projeto Jarí
- Programa grande Carajás – PGC
- Impacto e conseqüências dos grandes projetos
COMPETÊNCIAS DA
8ª/9º ANO
- Identificar as diferentes formas de relações econômicas do Espaço Amazônico
- Analisar criticamente os principais problemas da Amazônia como região exportadora de matéria-prima
- Analisar criticamente a problemática decorrente do acelerado processo de devastação da Amazônia
- Refletir criticamente a política adotada pelo governo federal e a relação de exploração e dominação da população e dos recursos naturais da Amazônia
HABILIDADES 8ª/9º
ANO
- Correlacionar os modos de produção do espaço amazônico: ontem e hoje;
- Identificar e relacionar os locais de transformação (agregação de valores dos minerais);
- Enumerar as principais áreas de intensa atividade pecuarista na região;
- Refletir sobre o papel da Amazônia na divisão internacional do trabalho;
- Conhecer o seringueiro como personagem de nossa indispensável no processo de construção de nossa região;
- Identificar os principais personagens da estrutura fundiária de nossa região; ontem e hoje;
- Analisar geograficamente o processo de ocupação, exploração da Amazônia e suas implicações sociais, ambientais, políticos e culturais;
- Debater as diversas formas de exploração da fauna e da flora da região amazônica, levando em consideração o comercio ilegal da biodiversidade no mercado interno e externo;
- Identificar os principais problemas ocasionados pelas ocupações desordenadas dos espaços urbanos.
EIXOS NORTEADORES
DA 8ª/9º ANO
A
procriação da natureza e o meio ambiente
- Floresta: um destaque na paisagem amazônica
- Clima, relevo e hidrografia
A
exploração capitalista e o meio ambiente
- Agropecuária
- Mineração
- Produção
- Produção industrial
População
amazônica: uma sociedade produzindo seu espaço
- Origem e formação da população amazônica
- Gente que chega e impõe sua cultura
- Da opressão a resistência negra
- Miscigenação
- A sociedade amazônica e a questão do preconceito
- Dinâmica populacional amazônica
- Estrutura da população amazônica
Espaço
agrário: expropriação e conflito
- O espaço agrário de ontem
- Estrutura agrária atual e seus personagens
- Distribuindo terras para controlar o espaço
- Os incentivos e a grandes empresas
- Geografia dos conflitos agrários na Amazônia
Espaço
urbano: a cidade e seus problemas
- Cidades amazônicas
- Crescimento urbano na Amazônia
- O espaço urbano e as desigualdades sociais
- Ocupações urbanas: problemas ou alternativas
- Implantamento de cidades e favelas
- Problemas urbanos
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Esta proposta
baseia-se em conhecimentos históricos que tornam significativos para
os alunos, como saber escolar e social quando contribuem para que
eles reflitam sobre as vivências e as produções humanas,
materializadas no seu espaço de convívio direto e nas organizações
das sociedades de tempos e espaços diferentes, reconhecendo-as como
decorrentes de contradições e de regularidades históricas.
Nesse sentido,
propõem-se, para o ensino de Estudos Amazônicos conteúdos e
situações de aprendizagem que possibilitem aos alunos refletir
criticamente sobre as convivências e as obras humanas.
Propõe-se assim,
que os alunos conheçam e debatam as contradições, os conflitos, as
mudanças, as permanências, as diferenças e as semelhanças
existentes no interior das coletividades.
Essa abordagem
insere-se numa perspectiva de questionamentos da realidade organizada
desdobrando-se em conteúdos históricos que envolvem explicitações
e interpretações das ações de diferentes sujeitos.
Portanto para tais
ações são favorecidas assim as diferentes leituras de cunho
prático e teórico bem como: espaço de vivência, as diferentes
leituras de jornais e revistas, o debate sobre os problemas do bairro
ou da cidade, as pesquisas de cunho social e econômico entre a
população; identificação de diferentes propostas e compreensão
das mesmas para uma solução dos problemas além das estratégias de
intervenção sobre a realidade desse espaço e da realidade social.
AVALIAÇÃO
A avaliação será
um processo continuo e indispensável que busca verificar a qualidade
do aprendizado óbito pelo desempenho dos educados.
Porquanto, a
avaliação será desempenhada numa concepção transformadora e
libertadora, onde o educando construirá o seu próprio conhecimento
e auto-estima de forma crítica, participativa, reflexiva e criativa
através de uma corrente interacionista. Diante desse processo
utilizaremos os seguintes critérios:
- Autoavaliação;
- Participação;
- Trabalho em grupo e individual;
- Debates:
- Produção textual;
- Trabalho de campo;
- Pesquisas;
- Seminário;
- Simulado;
- Avaliações bimestrais escritas.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
Belém, Secretaria
de Estado de Educação (serie Estante da Amazônia; Volume 2.
FSAM-
Fundação Serra das Andorinhas ou Martírio. 2006.
LOUREIRO, Violeta
RafKalefsky. 1998. Historia do Pará: Período da borracha aos dias
atuais.
MONTEIRO, Alcidema
et ali, 1987. O Espaço Amazônico: Sociedade e meio ambiente.
Belém: UFPA/NPI.
SEMA
- Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 2008.
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