FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA DE GEOGRAFIA
Séries 6º, 7º,
8º e 9º ano
A análise acerca
do ensino de Geografia começa pela epistemologia do seu objetivo de
estudo. Muitos foram os objetivos da Geografia antes de se ter alguns
consensos em torno da idéia de que o espaço geográfico é o foco
da análise.
Entretanto a
expressão espaço geográfico, bem como os conceitos básicos da
Geografia-lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade
– não se auto-explicam. Ao contrario, são termos que exigem
estabelecimento, pois dependem do fundamento teórico e que se
vinculam, refletem posições filosóficas e políticas distintas. No
esforço de conceituar o objeto de estudo, de especificar os
conceitos básicos de entender e agir sobre o espaço geográfico, os
geógrafos de diferentes correntes de pensamentos se especializaram,
percorreu caminhos e métodos de pesquisas diferentes de modo que
evidenciaram e, em alguns moimentos, a dicotomia entre a Geografia
Física e a Geografia Humana.
Nas diretrizes
curriculares, o conceito adotado para o abjeto de estudo da Geografia
é o espaço geográfico, entendido, como espaço produzido e
apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela
inter-relação entre sistema de objetos naturais, culturais e
técnicos; sistemas de ações relações sociais, culturais,
políticas e econômicas (SANTOS 1996b). De acordo com SANTOS (1996b,
p. 51):
O
espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e
também contraditório,
de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados
isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No
começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais,
que ao longo da história vão sendo substituídos por objetos
técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a
natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina (SANTOS,
1996b, p.51).
Nessa
perspectiva, os objetos geográficos são indissociáveis das ações
humanas,
mesmo sendo objetos naturais. Mas, o que são as ações? A ação é
o próprio homem. Só o homem tem ação, porque só ele tem
objetivo, finalidade. As ações humanas não se restringem aos
indivíduos, incluindo, também, as empresas, as instituições. As
ações resultam de necessidades, naturais ou criadas. Essas
necessidades: materiais, imateriais, econômicas, sociais, culturais,
morais, afetivas e que conduzem os homens a agir e levam a funções.
Essas funções, de uma forma ou de outra, vão desembocar nos
objetos. (as ações) conduzindo à criação e ao uso dos objetos,
formas geográficas nas duas categorias em objetos e ação,
materialidade e evento, devem ser tratadas unitariamente. Os eventos,
as ações, não se geografizam indiferentemente.
O
espaço geográfico deve ser considerado como algo que participa
igualmente da condição social e do físico, um misto, um híbrido
(SANTOS, 1996b, p.67-70).
Assim,
a espacialização dos fatos, dinâmicas e processos geográficos,bem
como a explicação das localizações relacionais dos eventos em
estudo, são próprias da analise geográfica da realidade, nesse
sentido, algumas perguntas devem orientar o pensamento geográfico e
o trabalho do professor.
Para
responder a tantas questões conforme a concepção de espaço
geográfico adotada nestas diretrizes torna-se necessário
compreender a escolhas das localizações e as relações políticas,
sociais, culturais, e econômicas que as orientam. É preciso ainda,
um referencial teórico (Conceitos geográficos) que sustente toda
esta reflexão. Destaca- se que nem todos os conceitos considerados
nestas diretrizes, reconhecidos como básicos para o ensino de
geografia, foram desenvolvidos ao mesmo tempo e por todas as linhas
teóricas desta ciência.
Cada
linha teórica enfatizou e desenvolveu alguns conceitos e não
outros. Essas linhas vinculavam-se a diferentes visões políticas de
e apropriação, dominação e organização do espaço, ou seja, de
gestão do espaço e isso determinavam a maneira como construíram
seus quadros conceituais. Por isso, a considerar a geografia uma
ciência institucionalizada recentemente (final do século xix), o
papel do Estado-Nação, principal gestor do espaço geográfico, foi
e é fundamental para suas construções e reformulações
teórico-conceituais.
Nos
períodos históricos em que o Estado-Nação era fortemente presente
e decidia como governar o território nacional, ainda que atrelado
aos interesses do capital, a construção de conceitos e a leitura
política do espaço, foram marcadas pelo olhar estatal sobre o
território/espaço. Mais recentemente no período em que o
Estado-Nação deixou de exercer algumas de suas antigas
prerrogativas, as relações político-territoriais que se
estabeleceram obrigaram a geografia a rever seu quadro
teórico-conceitual.
Assim,
nas considerações a seguir, será central a compreensão dos
diferentes papéis historicamente vividos pelo Estado e sua relação
com o espaço geográfico, os conceitos de paisagem,
região
e território, por exemplo, foram inicialmente tratados pelas
chamadas Geografia Tradicional, no final no final do século XIX.
Naquele período, de diferentes maneiras, tais conceitos eram
associados ao papel e ou interesses do Estado.
Da
perspectiva teórica da Geografia Tradicional, tinha um significado
diverso do que é dado a eles, agora, pela vertente critica da
Geografia. Atualmente, o conceito de território, por exemplo, foi
ampliado, significado e associa-se às relações de poder presente
nas diversas escalas geográficas, para além da tutela exclusiva do
Estado-Nação. Por sua vez o conceito de lugar ganhou destaque com a
chamada Geografia Humanística, em meado do século XX, que trouxe a
imensão afetiva e subjetiva para estudos a respeito do espaço.
Sob
a nova ordem mundial, a vertente critica da Geografia significou o
conceito de lugar, discutiu-o em sua relação com o processo de
globalização da economia e, de algum modo, considerou seus aspectos
subjetivos, mas enfatizou as potencialidades políticas dos lugares
em suas relações com outros espaços, próprios e/ou distantes.
Já
os conceitos de sociedade e natureza perpassaram de formas diversas,
os quadros teóricos da Geografia. Em cada linha teórica, o enfoque
foi distinto, porém como par conceitual eles compõem o pensamento e
ultrapassam a condição de conceitos geográficos básicos da
Geografia, de modo que se tornam categoria de análise do espaço
geográfico. A considerar que cada conceito se constituiu em
diferentes momentos históricos, em função das transformações
sociais, políticas e econômicas, que definem maneiras e redefinem
maneiras e ritmos de produzir e organizar o espaço e o pensamento –
são fundamental que se explicitem quais referenciais teóricos são
adotados nestas Diretrizes.
Entende-se
que para a formação de um aluno consciente das relações
sócio-espaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o
quadro conceitual das abordagens críticas dessa disciplina, que
propõem a análise dos conflitos e contradições sociais,
econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado
espaço.
A
seguir, serão apresentadas considerações sobre a formação de
alguns conceitos geográficos e seus diferentes vínculos políticos
e ideológicos, para sua compreensão no campo das teorias críticas.
O professor não deve, contudo, limitar-se às conceituações abaixo
apontadas, podendo aprofundá-las com outras leituras pertinentes a
paisagens.
O
conceito de paisagem teve origem no final do século XIX, no
pensamento naturalista e na idéia de ecologia e foi marcada pela
dicotomia paisagem naturais/ paisagens humanizada ou cultural. A
paisagem natural era definida pela composição orgânica dos
elementos naturais (clima, vegetação, relevo, solo, fauna
hidrografia) que diferenciavam áreas de extensão variáveis. A
paisagem cultural, por sua vez, era visto como um resultado de
relacionamento harmonioso entre os objetos/elementos naturais e o
homem, agente que por um lado se adaptava às condições naturais
(em termos biológicos) e, por outro, usava elemento do meio em seu
benefício, por meio de técnicas que era capaz de desenvolver.
Em
termos teóricos, a identidade da paisagem cultural de um lugar se
fazia pela sua classificação em estagio de civilização, ou seja,
de acordo com a evolução do gênero de vida que a produziu. Esta
noção confundia os conceitos de paisagem e região, tornando-os
similares, pois as paisagens delimitariam regiões geográficas.
À
Geografia caberia estudar, exaustivamente, cada região-paisagem,
descrevendo detalhadamente e comparando uma com outras, até que
todas as regiões-paisagens, do planeta estivessem identificadas. Até
meados do século XX essa abordagem teórica e metodológica
(pesquisa e ensino) do conceito de paisagem se manteve predominante.
A
palavra região, antes mesmo de compor o quadro teórico da
Geografia, já era tomada para sobre ela. De acordo com GOMES (2005,
p.50) “nos tempo do Império Romano [região] era a denominação
utilizada para designar áreas que dispusessem de uma administração
local, estava subordinadas às regras gerais e ontogênicas das
magistraturas sediadas em Roma”. Pensar o espaço regionalmente foi
importante para as estratégicas político-administrativas ao longo
de toda a historia, até a atualidade, porem, a formulação
cientifica desse conceito se deu somente a partir do século XIX com
os estudos dos precursores da Geografia.
No
inicio do século XX o pensamento da escola francesa, elaborou de
forma sistemática o conceito de região geográfica, que se
diferenciava da idéia de região natural e tornou-se, naquele
momento, um conceito central para Geografia profundamente vinculado
ao conceito de paisagem. Enquanto a regiao natural era compreendida
como “uma parte da superfície da Terra, dimensionada segundo
escalas territoriais diversificadas, e caracterizadas pela
uniformidade resultando da combinação ou integração em área de
elementos da natureza”, a região geografia envolvida “uma e sua
extensão territorial, se entrelaçam de modo harmoniosos componentes
humanos e natureza” (CORRÊA, 1986, p.23 ).
Assim,
a região geográfica tornou-se o fundamento paradigmático da
Geografia no inicio do século XX e correspondia à organização
política territorial mundial ainda fortemente compartimentada, pois
cada Império colonial tinha poder sobrando sobre seu próprio
território e de suas colônias e determinava seus arranjos sócios
espaciais.
De
acordo com Santos, por muito tempo [...], as regiões foram
configurando-se por meio de processos orgânicos, expressos através
da territorialidade absoluta de um grupo, onde prevaleciam suas
características de identidade, exclusidade e limites, devidas à
presença desse grupo, sem outra mediação. A diferença entre áreas
se devia a essa relação direta com o entorno. Podemos dizer que,
então, a solidariedade característica da região ocorria, quase
exclusivamente, em função de arranjos locais (SANTOS, 1996b, p.
197).
A
Geografia, como ciência da sociedade e da natureza, constitui um
ramo do conhecimento necessário à formação inicial e continuada
dos professores que têm ou terão sob sua responsabilidade classes
das séries iniciais de alfabetização, assim como dos professores
das series mais adiantadas que trabalham com ela como disciplina
escolar. Como ciência humana, considerando-o como resultado do
movimento de uma sociedade em suas contradições e nas relações
estabelecidas entre os grupos sociais e a natureza em diversos
históricos.
A
Geografia, como disciplina escola, oferece sua contribuição para
que alunos e professores enriqueçam suas representações sociais e
seu conhecimento sobre as múltiplas dimensões da realidade sociais,
natural e histórica, entendendo melhor o mundo em seu processo
ininterrupto de transformação, o momento atual da chamada
mundialização da economia.
As
atuais abordagens do conhecimento geográfico, no Brasil, resultam
das varias correntes de pensamento, desde aquelas influenciadas pela
escola de Vital de La Blache até as contemporâneas. Alguns
pesquisadores orientam-se teórica e metodologicamente com maior
ênfase por correntes do neopositivismo; outros, por correntes
humanísticas e psicológicas da geografia da percepção e pela
fenomenologia; outros ainda pelo materialismo histórico dialético.
A
identificação dos pressupostos dessas correntes permite clarear a
atuação das correspondentes ações educativas no desenvolvimento
da especialidade nos professores e alunos, considerando a
multiplicidade de concepções acerca da Geografia e de seu ensino.
OBJETIVOS
GERAIS
Tem-se como objetivo
geral apresentar aos alunos referenciais básicos para o ensino da
geografia. Estudaremos conceitos como lugar, paisagem e espaço
geográfico.
Os discentes
estudarão as principais noções de localização e orientação
espacial, a importância das coordenadas geográficas, também a
concepção sobre a origem da Terra e do Universo. O entendimento de
diversas questões climáticas. Ainda as características físicas da
Terra, como a estrutura geológica, relevo, clima hidrografia,
vegetação e o principal bioma terrestre. Abordamos e analisamos a
partir das óticas do processo ocupacional através do relacionamento
entre homem e natureza ao longo do tempo e as conseqüências disso
para o (dês) equilíbrio ambiental do planeta.
Portanto o estudo da
Geografia permitirá aos alunos serem capazes de:
- Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua construção e na produção de território, das paisagens e do lugar;
- Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em diferentes espaços e tempos, do modo a construir referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais;
- Compreender a especialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e interações;
- Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos, que ainda não são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;
- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e um elemento de fortalecimento da democracia.
COMPETÊNCIAS
DO 6º ANO
- Construir o conceito geográfico de lugar com base na experiência do aluno, subsidiado pelo material didático que ajudará na compreensão de outros lugares;
- Compreender o lugar a partir da observação do real e de exemplo s de outros lugares;
- Desenvolver a escrita, o desenho e compreende-los como forma de representação do espaço;
- Distinguir paisagem natural de paisagem cultural;
- Compreender que um dos principais objetivos da Geografia é entender os processos responsáveis pelas formações das paisagens e que estas são dinâmicas; valorizar e apreciar diferentes paisagens naturais e culturais;
- Observar os elementos de diferentes paisagens;
- Observar a atuação do ser humano na transformação do espaço geográfico;
- Identificar problemas ambientais criados pelo modo como as pessoas se organizaram no espaço;
- Observar a paisagem do campo e da cidade, tendo como vista os principais problemas que ocorrem nestas duas esferas;
- Compreender o extrativismo, a agropecuária, a indústria, o comércio e a prestação de serviços.
HABILIDADES DO
6º ANO
- Iniciar com um tema que diz respeito à vida de todas as pessoas: o lugar onde vivemos.
- Desenvolver o conceito de espaço geográfico;
- Observar e identificar elementos de paisagens rurais e urbanas;
- Reconhecer o trabalho humano e a tecnologia como os principais recursos de construção do espaço geográfico;
- Analisar a construção do espaço geográfico tendo como referencial a agricultura, o comercio e a indústria, que funcionarão como marcos temporal na construção desse espaço;
- Compreender o conceito de espaço geográfico partindo do processo de transformação do espaço natural em espaço geográfico;
- Analisar e representar como o processo do espaço geográfico seguido se deu no ambiente que o aluno vive;
- Compreender o lugar a partir da observação do real e de exemplos de outros lugares. Desenvolver a escrita, o desenho e compreende-los como forma de representação do espaço;
- Apresentar uma leitura interdisciplinar da paisagem, visando a construção do conceito para o ensino de geografia;
- Representar e analisar a paisagem do lugar onde vive, compreendendo o papel desta para a análise espacial;
- Ter o domínio da linguagem cartográfica que deve ser desenvolvida ao longo de todo o ensino básico e não somente em uma determinada série ou num capitulo de um livro;
- Construir conceitos cartográficos fundamentais para a leitura e analise de mapas a partir da confecção de maquetes e croquis;
- Recorrer a brincadeiras e jogos para construir conceitos e procedimentos;
- Recorrer a diferentes formas, conhecimento sobre o mesmo tema, buscando desenvolver o censo critico em relação ao conhecimento cientifico de modo que o aluno compreenda que a ciência não é a única resposta para os questionamentos humanos.
EIXOS NORTEADORES
DO 6º ANO
A Geografia e a
compreensão do mundo
- Paisagem, espaço e lugar
- O trabalho e a transformação do espaço geográfico
- Localização no espaço geográfico
O Planeta Terra
- A origem da Terra
- Como se formaram os continentes da Terra
- A terra em movimento: as placas tectônicas
Os continentes,
as ilhas e os Oceanos
- Os continentes
- As ilhas
- Os oceanos e mares
- A água nos continentes
Relevo e
hidrografia
- As principais formas de relevo terrestre
- O relevo brasileiro
- Os rios e as bacias hidrográficas do Brasil
Clima e vegetação
- Os climas da Terra e do Brasil
- As grandes paisagens vegetais da Terra
- A vegetação brasileira
O campo e a
cidade
- O espaço rural e suas paisagens
- Problemas ambientais no campo
- O espaço urbano e suas paisagens
- Os principais problemas urbanos
Extrativismo e a
agropecuária
- Recursos naturais e atividades econômicas
- O extrativismo
- A agricultura
- A pecuária
Indústria,
comércio e prestação de serviços
- Do artesanato ao robô
- Tipos de indústrias
- O comércio
- A prestação de serviços
COMPETÊNCIAS
DO 7º ANO
- Conhecer algumas relações entre poder, organização social, divisão social do trabalho, política, cidadania e Estado;
- Compreender as relações entre Estado-Nação, desde o seu desenvolvimento ate a configuração atual, de profunda interdependência;
- Compreender as questões relacionadas à divisão política, aos limites e fronteiras;
- Compreender a colonização como uma forma de expansão dos estados europeus, pela incorporação dos espaços da America, África e Ásia seus território;
- Compreender a formação do território brasileiro inserida nesses processos mundiais;
- Compreender como se estabelece a exploração da natureza pela sociedade no sistema capitalista, as conseqüências disso e a necessidade de alterar a situação;
- Reconhecer a importância do uso sustentável dos recursos naturais;
- Compreender as modificações das paisagens naturais brasileiras como conseqüência da relação entre a sociedade e a natureza;
- Compreender as razões históricas da concentração industrial no centro sul do Brasil;
- Compreender algumas idéias e noções relacionadas à demografia;
- Identificar o espaço brasileiro e suas fronteiras;
- Conhecer as regiões brasileiras classificadas pelo IBGE e geoeconômico.
HABILIDADES DO 7º
ANO
- Debater a questão do poder e relação entre os diversos grupos sociais;
- Compreender o papel do Estado na construção do espaço geográfico;
- Observar as influências das relações de poder na construção da paisagem no lugar onde vive;
- Discutir os grandes problemas da atualidade, levando o aluno a compreender como se estabelecem as relações de poder e suas implicações em âmbito local e global e a relação entre esses problemas nas duas escalas citados;
- Relacionar a expansão comercial européia com a divisão territorial do trabalho no mundo e suas conseqüências para o desenvolvimento econômico dos países;
- Discutir as questões relacionadas à divisão política e aos limites de fronteiras, levando o aluno a compreender como se estabeleceram essas relações de poder e suas implicações na formação do território brasileiro em âmbito local e nacional e suas conseqüências;
- Localizar o Brasil no mapa mundi- hemisfério Sul e Ocidental- e na America do Sul.
- Comparar as características dos tipos climáticos do Brasil;
- Relacionar o processo de exploração da natureza pela sociedade capitalista e suas conseqüência;
- Mostrar a importâncias do uso sustentável dos recursos naturais;
- Compreender o processo de industrialização do Brasil no panorama mundial de industrialização de países subdesenvolvidos;
- Compreender as características do processo de privatização e relativa desconcentração espacial da atividade industrial;
- Verificar a relação entre a industrialização e a modernização do campo e perceber suas conseqüências particularmente, para a população rural;
- Compreender as razões históricas da concentração e desconcentração da industrial;
- Discutir o processo de privatização na indústria brasileira;
- Identificar os grandes grupos étnicos que participaram da formação do povo brasileiro- indígenas, negros e brancos e como cada um desse grupo se incorporou ao processo;
- Reconhecer as causa e problemas da imigração de brasileiros, a partir da de cada de 1970.
- Identificar movimentos migratórios internos e suas causas;
- Reconhecer a causa histórico econômico da concentração da população brasileira próximo ao litoral;
- Introduzir idéias e noções básicas relacionadas à demografia brasileira;
- Discutir os principais motivos do processo do movimento migratório da população brasileira;
- Conhecer a divisão oficial em cinco macros regiões;
- Conhecer aspectos históricos do planejamento regional no Brasil;
- Conhecer os fundamentos da divisão do Brasil em três complexos regionais;
- Introduzir idéias e noções básicas relacionadas à demografia brasileira;
- Discutir os principais motivos do processo do movimento migratório da população;
- Conhecer ao papel periférico do Nordeste no sistema econômico brasileiro e o que caracteriza;
- Distinguir as sub-regiões, nordestinas reconhecer suas características naturais e econômicas: Zona da mata, Agreste Sertão e Meio Norte.
EIXOS NORTEADORES
DO 7º ANO
O
território brasileiro
- Localização do território brasileiro
- Formação do território brasileiro
- Regionalização do território brasileiro
- Brasil: regiões e políticas regionais
A
população brasileira
- Brasil: aspecto demográfico
- A formação da população brasileira
- Os movimentos migratórios
- A população e o trabalho no Brasil
A
industrialização e a urbanização no Brasil
- A industrialização brasileira
- A urbanização brasileira
- Rede e hierarquia urbanas
- Problemas sociais e ambientais nas cidades
Região
Norte
- Aspectos físicos da Região Norte
- Ocupação e exploração da Região Norte
- Devastação na Amazônia Legal
- Desenvolvimento sustentável
Região
Nordeste
- Aspectos físicos da Região Nordeste
- Nordeste: ocupação e organização do espaço
- As sub-regiões do Nordeste
- Nordeste: espaço geográfico atual
Região
Sudeste
- Aspectos físicos da Região Sudeste
- A ocupação do Sudeste
- Sudeste: espaço geográfico atual
- A economia industrial do sudeste
Região
Sul
- Aspectos físicos da Região Sul
- A ocupação e a organização do espaço sulista
- A população da Região do Sul
- A economia da Região Sul
Região
Centro-Oeste
- Aspectos físicos da Região Centro-Oeste
- Impactos físicos ambientais no Cerrado e no Pantanal
- Centro-oeste: crescimento econômico
COMPETÊNCIAS
DO 8º ANO
- Promover a continuidade do processo de alfabetização cartográfica a partir do tratamento mais específico das representações cartográficas, das projeções e dos processos de construção do espaço geográfico mundial;
- Posicionar-se criticamente em relação ao conhecimento cientifico;
- Aprofundar o estudo de conceitos como território, região e fronteiras e abordar as regionalizações mundiais que subsidiarão os próximos capítulos;
- Contextualizar dados como referenciais para diferenciar o nível de desenvolvimento dos países;
- Compreender a ingerência dos organismos internacionais na dinâmica da organização dos Estados-nações em diferentes processos;
- Apresentar as principais características que compõe o México e os países da America Central;
- Analisar as questões sociais e os aspectos físicos mais gerais para em seguida; trabalhar com as especificidades a partir de uma sub-regionalização da América do Sul;
- Compreender o processo de construção do espaço geográfico africano;
- Apresentar argumentação para saber compreender o papel da áfrica no contexto mundial;
- Analisar o processo de organização da África Subsaariana e seus aspectos socioeconômicos e populacionais mais importantes;
- Tomar consciência da discriminação do vírus HIV, para posicionar-se de maneira consciente de suas relações;
- Abordar questões gerais, propor uma divisão regional para o continente asiático e promover um estudo mais detalhado sobre o Oriente Médio.
HABILIDADES
DO 8º ANO
- Conhecer os caminhos percorridos para os desenvolvimentos das representações cartográficas, relacionada no conhecimento e poder;
- Construir conceitos relacionando-os aos desenvolvidos em volumes anteriores, visando a uma análise sistematizada do espaço geográfico;
- Conhecer as condições socioeconômicas mundiais para posiciona-se politicamente diante das injustiças sociais;
- Apontar possibilidades de regionalização do espaço mundial, evidenciando o uso de conceitos trabalhados anteriormente e outros introduzidos, tendo em vista uma analise regional do espaço mundial;
- Conhecer o papel das diferentes organizações internacionais e nacionais para saber recorrer a elas quando necessário e também tomar posicionamento político em relações as suas ações;
- Trabalhar com o papel das instituições de modo que o aluno compreenda como elas podem interferir na organização do espaço mundial;
- Posicionar politicamente diante das temáticas relativas a essa região de maneira critica e positiva;
- Trabalhar a America Latina a partir de fatores que caracterizam essa regiao do ponto de vista e humano, empregando para tanto conceitos desenvolvidos anteriormente e evidenciando outros, necessário para essa abordagem;
- Apresentar e estudar as principais características que compõem os países da America do Sul. Posteriormente, descrever de forma mais detalhada as sub-regiões sul-americanas, como America platina, America andina e as Guianas;
- Apresentar as especificidades africanas a partir de uma regionalização baseada em aspectos geográficos;
- Evidenciar as principais questões que tangem o mundo subsaariano, desde os aspectos naturais até as questões humanas e suas implicações para a organização e reorganização do espaço geográfico;
- Compreender a regionalização da Ásia a partir dos diferentes aspectos culturais, religioso e econômicos.
EIXOS NORTEADORES
DO 8º ANO
Geografia e
Regionalização do Espaço
- O mundo dividido: países capitalistas e socialistas
- Regionalização pelo nível de desenvolvimento
- Países do Norte e países do Sul
- Regionalização de acorde com IDH
Economia global
- A economia do mundo atual
- As transnacionais
- Os blocos econômicos
O continente
americano
- Localização e regionalização da America
- A formação histórica do Continente americano
- Relevo e hidrografia da America
- Clima e vegetação da América
A
população e a economia da America
- A população da America
- Atividades do setor primário na America
- Desenvolvimento do setor secundário
- O crescimento do setor terciário
America
do Norte
- Estados Unidos: território e população
- Canadá: o maior país da America
- México entre países ricos e países pobres
América
Central, America Andina e Guiana
- America Central: continental e insular
- Guiana, Suriname e Guiana Francesa
- América Andina: Chile, Bolívia e Peru
- America Andina: Venezuela, Equador e Colômbia
America
Platina
- America platina: aspectos gerais
- O Paraguai
- O Uruguai
- A Argentina
O
Brasil
- Política externa brasileira
- Brasil: potencia regional
- O Brasil e as organizações internacionais
COMPETÊNCIAS
DO 9ª ANO
- Promover a discussão de uma temática atual, a globalização, de modo que o aluno compreenda as transformações ocorridas no espaço geográfico, a partir desse processo;
- Posicionar conscientemente em diante do processo de globalização da relação sociedade natureza, do consumismo e das diferentes posições ideológicas sobre as questões do tema.
- Abordar o continente europeu, comparando as diferenças ente ele e o Brasil, apresentar e discutir as diferentes formas de regionalização do continente;
- Analisar com riqueza de detalhes a relação entre a economia e a organização do espaço geográfico dos países em destaques;
- Compreender os aspectos político, econômicos e ambientais da Europa Oriental. Com desmembramento da união Soviética e a diminuição de suas influencias nos chamados países satélites e suas transformações na ultima década do século XX;
- Posicionar criticamente em relação à diversidade étnica e cultural;
- Compreender os aspectos político, econômicos e ambientais da Asia oriental(China, Mongólia,)e as nações conhecida como Tigres Asiáticos( Taiwan, Cingapura, Hong Kong e Coréia do Sul).
HABILIDADES
DO 9ª ANO
- Discutir o papel do desenvolvimento técnico - cientifico na transformação do espaço mundial, recorrendo à periodização que analisa o espaço geográfico atual como resultado de períodos históricos que o antecederam;
- Compreender o desenvolvimento capitalismo para ter uma posição consciente sobre a relação sociedade e natureza;
- Orientar leitura do espaço geográfico a partir das relações sociedade e natureza, enfocando o papel de importantes transformações históricas como marcadoras de períodos de transformações e reorganizações do espaço geográfico;
- Compreender o processo de globalização a partir de situação cotidiano de modo que o aluno compreenda a existência de possibilidades de desenvolvimento com qualidade de vida para todos;
- Descrever os aspectos que compõe esses conjuntos regionais com características dos Estados Unidos características dos Estados Unidos e Canadá;
- Abordar a organização regional a partir das características que lhes são peculiares. Em seguida, destacar aspectos naturais e humanos de cada país;
- Estudar e analisar características físicas, o processo de povoamento, organização territorial e o processo de regionalização da Europa, além dos aspectos populacional referentes às formações, distribuição e o crescimento populacional, alem do processo de deslocamento ocorrido a partir do século XVI até os dias atuais e suas conseqüências;
- Desenvolver a compreensão e a análise dos aspectos socioeconômicos e políticos dos países que compõe a Europa ocidental. Promover estudos mais detalhados da integração econômica da Europa ocidental após a Segunda Guerra Mundial e suas conseqüências para o desenvolvimento da região;
- Apresentar a região a partir dos acontecimentos geopolíticos que resultam numa nova organização do espaço geopolítico. Destaque para os conflitos étnicos como demarcadores de uma regionalização do espaço geográfico;
- Localizar e compreender o processo de organização do espaço, relacionando os fatores naturais e humanos que o evidenciam;
- Compreender elementos para a compreensão do processo de organização do espaço geográfico japonês e seu desenvolvimento industrial e econômico. Analisar e discutir os aspectos populacionais e política implantada após a Segunda Guerra Mundial;
- Relacionar a organização do espaço geográfico nipônico com o seu processo de desenvolvimento econômico e cultural.
EIXOS
NORTEADORES DO 9º ANO
Países
e conflitos mundiais
- Estado, nação, território e país
- As Grandes Guerras e a Guerra Fria
- Terrorismo
Globalização
e Organizações Mundiais
- A globalização e seus efeitos
- Globalização e meio ambiente
- Globalização e organizações econômicas
- Globalização e direitos humanos
O
Continente Europeu
- A população européia
- A economia européia
- A União Européia
Leste
europeu e CEI
- A Europa Oriental e Socialismo
- A crise do socialismo e o fim da bipolarização
- A CEI (Comunidade de Estados Independentes)
- Europa Oriental: economia e sociedade
O
Continente asiático
- A população asiática
- A economia do continente asiático
O
continente africano
- Quadro natural e regionalização da África
- A economia africana
- Fome, doenças e conflitos na África
Oceania
e regiões polares
- Austrália e Nova Zelândia
- A região Ártica e Antártica
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Esta proposta
baseia-se em conhecimentos históricos que tornam significativos para
os alunos, como saber escolar e social quando contribuem para que
eles reflitam sobre as vivências e as produções humanas,
materializadas no seu espaço de convívio direto e nas organizações
das sociedades de tempos e espaços diferentes, reconhecendo-as como
decorrentes de contradições e de regularidades históricas.
Nesse sentido,
propõe-se, para o ensino de Geografia conteúdos e situações de
aprendizagem que possibilitem aos alunos refletir criticamente sobre
as convivências e as obras humanas.
Propõe-se assim,
que os alunos conheçam e debatam as contradições, os conflitos, as
mudanças, as permanências, as diferenças e as semelhanças
existentes no interior das coletividades.
Essa abordagem
insere-se numa perspectiva de questionamentos da realidade organizada
desdobrando-se em conteúdos históricos que envolvem explicitações
e interpretações das ações de diferentes sujeitos.
Portanto para tais
ações são favorecidas assim as diferentes leituras de cunho
prático e teórico bem como: espaço de vivência, as diferentes
leituras de jornais e revistas, o debate sobre os problemas do bairro
ou da cidade, as pesquisas de cunho social e econômico entre a
população; identificação de diferentes propostas e compreensão
das mesmas para uma solução dos problemas além das estratégias de
intervenção sobre a realidade desse espaço e da realidade social.
AVALIAÇÃO
Recentemente as
discussões sobre a avaliação na escola apontam para a certeza de
que o processo não se deve restringir a determinados momentos da
aprendizagem escolar voltados para a classificação dos alunos,
geralmente para a aquisição de notas. Nesse caso, a avaliação tem
o papel fundamental de verificação de resultados objetivos dos
conteúdos trabalhados e documentar o desempenho escolar. Portanto a
avaliação deve ser vista não como um fim, mas como um meio de o
docente identificar os avanços e as dificuldades do seu trabalho e
orientar sua prática pedagógica em busca dos objetivos da
aprendizagem em um processo diagnóstico e contínuo.
Nesse sentido
empregam-se instrumentos de avaliação, tais como: ficha de
acompanhamento, autoavaliação, relatórios, diálogos, etc.
Tais ferramentas não
só possibilitam uma avaliação contínua e dinâmica do processo de
ensino-aprendizagem, mas também criam uma diversidade de situações
que exploram as diferentes habilidades dos alunos.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTE, Lena de
Souza; A geografia escola e a cidade: Ensaio sobre o ensino de
geografia para a vida urbano cotidiano/ Lana de Souza Cavalcante –
campinas, São Paulo: Papirus, 2008.
GEOGRAFIA.
Espaço e vivência (Ensino Fundamental) .I. Baligian, Leon.II.
Martinez, Rogerio.III. Vidal, Wanessa Pires Garcia. IV. Boligian,
Andressa Turcatel Alves. Ed Atual.
PONTUSCHKA,
Nidia Nacib; Para ensinar e aprender geografia/ Nídia Nacib
Pontuschka, Tomoko Iyda Paganelli, Nuria Hanclei Cacete. 1ª Ed. –
São Paulo: Cortez, 2007.
PROJETO ARARIBÁ:
geografia/ organizadora Editora Moderna: obra coletiva concebida,
desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável
Sonia Cunha de Souza Danelli – 2. Ed. – São Paulo: moderna,
2007.
Site:
WWW.atualeditora.com
MUITO OBRIGADO POR TER CONTRIBUIDO COM MEU TRABALHO.POIS ENCONTREI MUITAS COISAS LEGAIS AQUI.BJS
ResponderExcluirMaterial muito bem elaborado...Parabéns.
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