segunda-feira, 5 de março de 2012

PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DE GEOGRAFIA
Séries 6º, 7º, 8º e 9º ano
A análise acerca do ensino de Geografia começa pela epistemologia do seu objetivo de estudo. Muitos foram os objetivos da Geografia antes de se ter alguns consensos em torno da idéia de que o espaço geográfico é o foco da análise.
Entretanto a expressão espaço geográfico, bem como os conceitos básicos da Geografia-lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade – não se auto-explicam. Ao contrario, são termos que exigem estabelecimento, pois dependem do fundamento teórico e que se vinculam, refletem posições filosóficas e políticas distintas. No esforço de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos básicos de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes correntes de pensamentos se especializaram, percorreu caminhos e métodos de pesquisas diferentes de modo que evidenciaram e, em alguns moimentos, a dicotomia entre a Geografia Física e a Geografia Humana.
Nas diretrizes curriculares, o conceito adotado para o abjeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido, como espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação entre sistema de objetos naturais, culturais e técnicos; sistemas de ações relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS 1996b). De acordo com SANTOS (1996b, p. 51):
O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo da história vão sendo substituídos por objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina (SANTOS, 1996b, p.51).

Nessa perspectiva, os objetos geográficos são indissociáveis das ações humanas, mesmo sendo objetos naturais. Mas, o que são as ações? A ação é o próprio homem. Só o homem tem ação, porque só ele tem objetivo, finalidade. As ações humanas não se restringem aos indivíduos, incluindo, também, as empresas, as instituições. As ações resultam de necessidades, naturais ou criadas. Essas necessidades: materiais, imateriais, econômicas, sociais, culturais, morais, afetivas e que conduzem os homens a agir e levam a funções. Essas funções, de uma forma ou de outra, vão desembocar nos objetos. (as ações) conduzindo à criação e ao uso dos objetos, formas geográficas nas duas categorias em objetos e ação, materialidade e evento, devem ser tratadas unitariamente. Os eventos, as ações, não se geografizam indiferentemente.
O espaço geográfico deve ser considerado como algo que participa igualmente da condição social e do físico, um misto, um híbrido (SANTOS, 1996b, p.67-70).
Assim, a espacialização dos fatos, dinâmicas e processos geográficos,bem como a explicação das localizações relacionais dos eventos em estudo, são próprias da analise geográfica da realidade, nesse sentido, algumas perguntas devem orientar o pensamento geográfico e o trabalho do professor.
Para responder a tantas questões conforme a concepção de espaço geográfico adotada nestas diretrizes torna-se necessário compreender a escolhas das localizações e as relações políticas, sociais, culturais, e econômicas que as orientam. É preciso ainda, um referencial teórico (Conceitos geográficos) que sustente toda esta reflexão. Destaca- se que nem todos os conceitos considerados nestas diretrizes, reconhecidos como básicos para o ensino de geografia, foram desenvolvidos ao mesmo tempo e por todas as linhas teóricas desta ciência.
Cada linha teórica enfatizou e desenvolveu alguns conceitos e não outros. Essas linhas vinculavam-se a diferentes visões políticas de e apropriação, dominação e organização do espaço, ou seja, de gestão do espaço e isso determinavam a maneira como construíram seus quadros conceituais. Por isso, a considerar a geografia uma ciência institucionalizada recentemente (final do século xix), o papel do Estado-Nação, principal gestor do espaço geográfico, foi e é fundamental para suas construções e reformulações teórico-conceituais.
Nos períodos históricos em que o Estado-Nação era fortemente presente e decidia como governar o território nacional, ainda que atrelado aos interesses do capital, a construção de conceitos e a leitura política do espaço, foram marcadas pelo olhar estatal sobre o território/espaço. Mais recentemente no período em que o Estado-Nação deixou de exercer algumas de suas antigas prerrogativas, as relações político-territoriais que se estabeleceram obrigaram a geografia a rever seu quadro teórico-conceitual.
Assim, nas considerações a seguir, será central a compreensão dos diferentes papéis historicamente vividos pelo Estado e sua relação com o espaço geográfico, os conceitos de paisagem, região e território, por exemplo, foram inicialmente tratados pelas chamadas Geografia Tradicional, no final no final do século XIX. Naquele período, de diferentes maneiras, tais conceitos eram associados ao papel e ou interesses do Estado.
Da perspectiva teórica da Geografia Tradicional, tinha um significado diverso do que é dado a eles, agora, pela vertente critica da Geografia. Atualmente, o conceito de território, por exemplo, foi ampliado, significado e associa-se às relações de poder presente nas diversas escalas geográficas, para além da tutela exclusiva do Estado-Nação. Por sua vez o conceito de lugar ganhou destaque com a chamada Geografia Humanística, em meado do século XX, que trouxe a imensão afetiva e subjetiva para estudos a respeito do espaço.
Sob a nova ordem mundial, a vertente critica da Geografia significou o conceito de lugar, discutiu-o em sua relação com o processo de globalização da economia e, de algum modo, considerou seus aspectos subjetivos, mas enfatizou as potencialidades políticas dos lugares em suas relações com outros espaços, próprios e/ou distantes.
Já os conceitos de sociedade e natureza perpassaram de formas diversas, os quadros teóricos da Geografia. Em cada linha teórica, o enfoque foi distinto, porém como par conceitual eles compõem o pensamento e ultrapassam a condição de conceitos geográficos básicos da Geografia, de modo que se tornam categoria de análise do espaço geográfico. A considerar que cada conceito se constituiu em diferentes momentos históricos, em função das transformações sociais, políticas e econômicas, que definem maneiras e redefinem maneiras e ritmos de produzir e organizar o espaço e o pensamento – são fundamental que se explicitem quais referenciais teóricos são adotados nestas Diretrizes.
Entende-se que para a formação de um aluno consciente das relações sócio-espaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado espaço.
A seguir, serão apresentadas considerações sobre a formação de alguns conceitos geográficos e seus diferentes vínculos políticos e ideológicos, para sua compreensão no campo das teorias críticas. O professor não deve, contudo, limitar-se às conceituações abaixo apontadas, podendo aprofundá-las com outras leituras pertinentes a paisagens.
O conceito de paisagem teve origem no final do século XIX, no pensamento naturalista e na idéia de ecologia e foi marcada pela dicotomia paisagem naturais/ paisagens humanizada ou cultural. A paisagem natural era definida pela composição orgânica dos elementos naturais (clima, vegetação, relevo, solo, fauna hidrografia) que diferenciavam áreas de extensão variáveis. A paisagem cultural, por sua vez, era visto como um resultado de relacionamento harmonioso entre os objetos/elementos naturais e o homem, agente que por um lado se adaptava às condições naturais (em termos biológicos) e, por outro, usava elemento do meio em seu benefício, por meio de técnicas que era capaz de desenvolver.
Em termos teóricos, a identidade da paisagem cultural de um lugar se fazia pela sua classificação em estagio de civilização, ou seja, de acordo com a evolução do gênero de vida que a produziu. Esta noção confundia os conceitos de paisagem e região, tornando-os similares, pois as paisagens delimitariam regiões geográficas.
À Geografia caberia estudar, exaustivamente, cada região-paisagem, descrevendo detalhadamente e comparando uma com outras, até que todas as regiões-paisagens, do planeta estivessem identificadas. Até meados do século XX essa abordagem teórica e metodológica (pesquisa e ensino) do conceito de paisagem se manteve predominante.
A palavra região, antes mesmo de compor o quadro teórico da Geografia, já era tomada para sobre ela. De acordo com GOMES (2005, p.50) “nos tempo do Império Romano [região] era a denominação utilizada para designar áreas que dispusessem de uma administração local, estava subordinadas às regras gerais e ontogênicas das magistraturas sediadas em Roma”. Pensar o espaço regionalmente foi importante para as estratégicas político-administrativas ao longo de toda a historia, até a atualidade, porem, a formulação cientifica desse conceito se deu somente a partir do século XIX com os estudos dos precursores da Geografia.
No inicio do século XX o pensamento da escola francesa, elaborou de forma sistemática o conceito de região geográfica, que se diferenciava da idéia de região natural e tornou-se, naquele momento, um conceito central para Geografia profundamente vinculado ao conceito de paisagem. Enquanto a regiao natural era compreendida como “uma parte da superfície da Terra, dimensionada segundo escalas territoriais diversificadas, e caracterizadas pela uniformidade resultando da combinação ou integração em área de elementos da natureza”, a região geografia envolvida “uma e sua extensão territorial, se entrelaçam de modo harmoniosos componentes humanos e natureza” (CORRÊA, 1986, p.23 ).
Assim, a região geográfica tornou-se o fundamento paradigmático da Geografia no inicio do século XX e correspondia à organização política territorial mundial ainda fortemente compartimentada, pois cada Império colonial tinha poder sobrando sobre seu próprio território e de suas colônias e determinava seus arranjos sócios espaciais.
De acordo com Santos, por muito tempo [...], as regiões foram configurando-se por meio de processos orgânicos, expressos através da territorialidade absoluta de um grupo, onde prevaleciam suas características de identidade, exclusidade e limites, devidas à presença desse grupo, sem outra mediação. A diferença entre áreas se devia a essa relação direta com o entorno. Podemos dizer que, então, a solidariedade característica da região ocorria, quase exclusivamente, em função de arranjos locais (SANTOS, 1996b, p. 197).
A Geografia, como ciência da sociedade e da natureza, constitui um ramo do conhecimento necessário à formação inicial e continuada dos professores que têm ou terão sob sua responsabilidade classes das séries iniciais de alfabetização, assim como dos professores das series mais adiantadas que trabalham com ela como disciplina escolar. Como ciência humana, considerando-o como resultado do movimento de uma sociedade em suas contradições e nas relações estabelecidas entre os grupos sociais e a natureza em diversos históricos.
A Geografia, como disciplina escola, oferece sua contribuição para que alunos e professores enriqueçam suas representações sociais e seu conhecimento sobre as múltiplas dimensões da realidade sociais, natural e histórica, entendendo melhor o mundo em seu processo ininterrupto de transformação, o momento atual da chamada mundialização da economia.
As atuais abordagens do conhecimento geográfico, no Brasil, resultam das varias correntes de pensamento, desde aquelas influenciadas pela escola de Vital de La Blache até as contemporâneas. Alguns pesquisadores orientam-se teórica e metodologicamente com maior ênfase por correntes do neopositivismo; outros, por correntes humanísticas e psicológicas da geografia da percepção e pela fenomenologia; outros ainda pelo materialismo histórico dialético.
A identificação dos pressupostos dessas correntes permite clarear a atuação das correspondentes ações educativas no desenvolvimento da especialidade nos professores e alunos, considerando a multiplicidade de concepções acerca da Geografia e de seu ensino.



OBJETIVOS GERAIS
Tem-se como objetivo geral apresentar aos alunos referenciais básicos para o ensino da geografia. Estudaremos conceitos como lugar, paisagem e espaço geográfico.
Os discentes estudarão as principais noções de localização e orientação espacial, a importância das coordenadas geográficas, também a concepção sobre a origem da Terra e do Universo. O entendimento de diversas questões climáticas. Ainda as características físicas da Terra, como a estrutura geológica, relevo, clima hidrografia, vegetação e o principal bioma terrestre. Abordamos e analisamos a partir das óticas do processo ocupacional através do relacionamento entre homem e natureza ao longo do tempo e as conseqüências disso para o (dês) equilíbrio ambiental do planeta.
Portanto o estudo da Geografia permitirá aos alunos serem capazes de:
  • Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua construção e na produção de território, das paisagens e do lugar;
  • Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em diferentes espaços e tempos, do modo a construir referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais;
  • Compreender a especialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e interações;
  • Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos, que ainda não são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;
  • Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e um elemento de fortalecimento da democracia.


COMPETÊNCIAS DO 6º ANO
  • Construir o conceito geográfico de lugar com base na experiência do aluno, subsidiado pelo material didático que ajudará na compreensão de outros lugares;
  • Compreender o lugar a partir da observação do real e de exemplo s de outros lugares;
  • Desenvolver a escrita, o desenho e compreende-los como forma de representação do espaço;
  • Distinguir paisagem natural de paisagem cultural;
  • Compreender que um dos principais objetivos da Geografia é entender os processos responsáveis pelas formações das paisagens e que estas são dinâmicas; valorizar e apreciar diferentes paisagens naturais e culturais;
  • Observar os elementos de diferentes paisagens;
  • Observar a atuação do ser humano na transformação do espaço geográfico;
  • Identificar problemas ambientais criados pelo modo como as pessoas se organizaram no espaço;
  • Observar a paisagem do campo e da cidade, tendo como vista os principais problemas que ocorrem nestas duas esferas;
  • Compreender o extrativismo, a agropecuária, a indústria, o comércio e a prestação de serviços.


HABILIDADES DO 6º ANO
  • Iniciar com um tema que diz respeito à vida de todas as pessoas: o lugar onde vivemos.
  • Desenvolver o conceito de espaço geográfico;
  • Observar e identificar elementos de paisagens rurais e urbanas;
  • Reconhecer o trabalho humano e a tecnologia como os principais recursos de construção do espaço geográfico;
  • Analisar a construção do espaço geográfico tendo como referencial a agricultura, o comercio e a indústria, que funcionarão como marcos temporal na construção desse espaço;
  • Compreender o conceito de espaço geográfico partindo do processo de transformação do espaço natural em espaço geográfico;
  • Analisar e representar como o processo do espaço geográfico seguido se deu no ambiente que o aluno vive;
  • Compreender o lugar a partir da observação do real e de exemplos de outros lugares. Desenvolver a escrita, o desenho e compreende-los como forma de representação do espaço;
  • Apresentar uma leitura interdisciplinar da paisagem, visando a construção do conceito para o ensino de geografia;
  • Representar e analisar a paisagem do lugar onde vive, compreendendo o papel desta para a análise espacial;
  • Ter o domínio da linguagem cartográfica que deve ser desenvolvida ao longo de todo o ensino básico e não somente em uma determinada série ou num capitulo de um livro;
  • Construir conceitos cartográficos fundamentais para a leitura e analise de mapas a partir da confecção de maquetes e croquis;
  • Recorrer a brincadeiras e jogos para construir conceitos e procedimentos;
  • Recorrer a diferentes formas, conhecimento sobre o mesmo tema, buscando desenvolver o censo critico em relação ao conhecimento cientifico de modo que o aluno compreenda que a ciência não é a única resposta para os questionamentos humanos.

EIXOS NORTEADORES DO 6º ANO
A Geografia e a compreensão do mundo
  • Paisagem, espaço e lugar
  • O trabalho e a transformação do espaço geográfico
  • Localização no espaço geográfico

O Planeta Terra
  • A origem da Terra
  • Como se formaram os continentes da Terra
  • A terra em movimento: as placas tectônicas
Os continentes, as ilhas e os Oceanos
  • Os continentes
  • As ilhas
  • Os oceanos e mares
  • A água nos continentes

Relevo e hidrografia
  • As principais formas de relevo terrestre
  • O relevo brasileiro
  • Os rios e as bacias hidrográficas do Brasil
Clima e vegetação
  • Os climas da Terra e do Brasil
  • As grandes paisagens vegetais da Terra
  • A vegetação brasileira
O campo e a cidade
  • O espaço rural e suas paisagens
  • Problemas ambientais no campo
  • O espaço urbano e suas paisagens
  • Os principais problemas urbanos
Extrativismo e a agropecuária
  • Recursos naturais e atividades econômicas
  • O extrativismo
  • A agricultura
  • A pecuária
Indústria, comércio e prestação de serviços
  • Do artesanato ao robô
  • Tipos de indústrias
  • O comércio
  • A prestação de serviços

COMPETÊNCIAS DO 7º ANO
  • Conhecer algumas relações entre poder, organização social, divisão social do trabalho, política, cidadania e Estado;
  • Compreender as relações entre Estado-Nação, desde o seu desenvolvimento ate a configuração atual, de profunda interdependência;
  • Compreender as questões relacionadas à divisão política, aos limites e fronteiras;
  • Compreender a colonização como uma forma de expansão dos estados europeus, pela incorporação dos espaços da America, África e Ásia seus território;
  • Compreender a formação do território brasileiro inserida nesses processos mundiais;
  • Compreender como se estabelece a exploração da natureza pela sociedade no sistema capitalista, as conseqüências disso e a necessidade de alterar a situação;
  • Reconhecer a importância do uso sustentável dos recursos naturais;
  • Compreender as modificações das paisagens naturais brasileiras como conseqüência da relação entre a sociedade e a natureza;
  • Compreender as razões históricas da concentração industrial no centro sul do Brasil;
  • Compreender algumas idéias e noções relacionadas à demografia;
  • Identificar o espaço brasileiro e suas fronteiras;
  • Conhecer as regiões brasileiras classificadas pelo IBGE e geoeconômico.

HABILIDADES DO 7º ANO
  • Debater a questão do poder e relação entre os diversos grupos sociais;
  • Compreender o papel do Estado na construção do espaço geográfico;
  • Observar as influências das relações de poder na construção da paisagem no lugar onde vive;
  • Discutir os grandes problemas da atualidade, levando o aluno a compreender como se estabelecem as relações de poder e suas implicações em âmbito local e global e a relação entre esses problemas nas duas escalas citados;
  • Relacionar a expansão comercial européia com a divisão territorial do trabalho no mundo e suas conseqüências para o desenvolvimento econômico dos países;
  • Discutir as questões relacionadas à divisão política e aos limites de fronteiras, levando o aluno a compreender como se estabeleceram essas relações de poder e suas implicações na formação do território brasileiro em âmbito local e nacional e suas conseqüências;
  • Localizar o Brasil no mapa mundi- hemisfério Sul e Ocidental- e na America do Sul.
  • Comparar as características dos tipos climáticos do Brasil;
  • Relacionar o processo de exploração da natureza pela sociedade capitalista e suas conseqüência;
  • Mostrar a importâncias do uso sustentável dos recursos naturais;
  • Compreender o processo de industrialização do Brasil no panorama mundial de industrialização de países subdesenvolvidos;
  • Compreender as características do processo de privatização e relativa desconcentração espacial da atividade industrial;
  • Verificar a relação entre a industrialização e a modernização do campo e perceber suas conseqüências particularmente, para a população rural;
  • Compreender as razões históricas da concentração e desconcentração da industrial;
  • Discutir o processo de privatização na indústria brasileira;
  • Identificar os grandes grupos étnicos que participaram da formação do povo brasileiro- indígenas, negros e brancos e como cada um desse grupo se incorporou ao processo;
  • Reconhecer as causa e problemas da imigração de brasileiros, a partir da de cada de 1970.
  • Identificar movimentos migratórios internos e suas causas;
  • Reconhecer a causa histórico econômico da concentração da população brasileira próximo ao litoral;
  • Introduzir idéias e noções básicas relacionadas à demografia brasileira;
  • Discutir os principais motivos do processo do movimento migratório da população brasileira;
  • Conhecer a divisão oficial em cinco macros regiões;
  • Conhecer aspectos históricos do planejamento regional no Brasil;
  • Conhecer os fundamentos da divisão do Brasil em três complexos regionais;
  • Introduzir idéias e noções básicas relacionadas à demografia brasileira;
  • Discutir os principais motivos do processo do movimento migratório da população;
  • Conhecer ao papel periférico do Nordeste no sistema econômico brasileiro e o que caracteriza;
  • Distinguir as sub-regiões, nordestinas reconhecer suas características naturais e econômicas: Zona da mata, Agreste Sertão e Meio Norte.

EIXOS NORTEADORES DO 7º ANO
O território brasileiro
  • Localização do território brasileiro
  • Formação do território brasileiro
  • Regionalização do território brasileiro
  • Brasil: regiões e políticas regionais

A população brasileira
  • Brasil: aspecto demográfico
  • A formação da população brasileira
  • Os movimentos migratórios
  • A população e o trabalho no Brasil
A industrialização e a urbanização no Brasil
  • A industrialização brasileira
  • A urbanização brasileira
  • Rede e hierarquia urbanas
  • Problemas sociais e ambientais nas cidades
Região Norte
  • Aspectos físicos da Região Norte
  • Ocupação e exploração da Região Norte
  • Devastação na Amazônia Legal
  • Desenvolvimento sustentável
Região Nordeste
  • Aspectos físicos da Região Nordeste
  • Nordeste: ocupação e organização do espaço
  • As sub-regiões do Nordeste
  • Nordeste: espaço geográfico atual
Região Sudeste
  • Aspectos físicos da Região Sudeste
  • A ocupação do Sudeste
  • Sudeste: espaço geográfico atual
  • A economia industrial do sudeste
Região Sul
  • Aspectos físicos da Região Sul
  • A ocupação e a organização do espaço sulista
  • A população da Região do Sul
  • A economia da Região Sul
Região Centro-Oeste
  • Aspectos físicos da Região Centro-Oeste
  • Impactos físicos ambientais no Cerrado e no Pantanal
  • Centro-oeste: crescimento econômico

COMPETÊNCIAS DO 8º ANO
  • Promover a continuidade do processo de alfabetização cartográfica a partir do tratamento mais específico das representações cartográficas, das projeções e dos processos de construção do espaço geográfico mundial;
  • Posicionar-se criticamente em relação ao conhecimento cientifico;
  • Aprofundar o estudo de conceitos como território, região e fronteiras e abordar as regionalizações mundiais que subsidiarão os próximos capítulos;
  • Contextualizar dados como referenciais para diferenciar o nível de desenvolvimento dos países;
  • Compreender a ingerência dos organismos internacionais na dinâmica da organização dos Estados-nações em diferentes processos;
  • Apresentar as principais características que compõe o México e os países da America Central;
  • Analisar as questões sociais e os aspectos físicos mais gerais para em seguida; trabalhar com as especificidades a partir de uma sub-regionalização da América do Sul;
  • Compreender o processo de construção do espaço geográfico africano;
  • Apresentar argumentação para saber compreender o papel da áfrica no contexto mundial;
  • Analisar o processo de organização da África Subsaariana e seus aspectos socioeconômicos e populacionais mais importantes;
  • Tomar consciência da discriminação do vírus HIV, para posicionar-se de maneira consciente de suas relações;
  • Abordar questões gerais, propor uma divisão regional para o continente asiático e promover um estudo mais detalhado sobre o Oriente Médio.

HABILIDADES DO 8º ANO
  • Conhecer os caminhos percorridos para os desenvolvimentos das representações cartográficas, relacionada no conhecimento e poder;
  • Construir conceitos relacionando-os aos desenvolvidos em volumes anteriores, visando a uma análise sistematizada do espaço geográfico;
  • Conhecer as condições socioeconômicas mundiais para posiciona-se politicamente diante das injustiças sociais;
  • Apontar possibilidades de regionalização do espaço mundial, evidenciando o uso de conceitos trabalhados anteriormente e outros introduzidos, tendo em vista uma analise regional do espaço mundial;
  • Conhecer o papel das diferentes organizações internacionais e nacionais para saber recorrer a elas quando necessário e também tomar posicionamento político em relações as suas ações;
  • Trabalhar com o papel das instituições de modo que o aluno compreenda como elas podem interferir na organização do espaço mundial;
  • Posicionar politicamente diante das temáticas relativas a essa região de maneira critica e positiva;
  • Trabalhar a America Latina a partir de fatores que caracterizam essa regiao do ponto de vista e humano, empregando para tanto conceitos desenvolvidos anteriormente e evidenciando outros, necessário para essa abordagem;
  • Apresentar e estudar as principais características que compõem os países da America do Sul. Posteriormente, descrever de forma mais detalhada as sub-regiões sul-americanas, como America platina, America andina e as Guianas;
  • Apresentar as especificidades africanas a partir de uma regionalização baseada em aspectos geográficos;
  • Evidenciar as principais questões que tangem o mundo subsaariano, desde os aspectos naturais até as questões humanas e suas implicações para a organização e reorganização do espaço geográfico;
  • Compreender a regionalização da Ásia a partir dos diferentes aspectos culturais, religioso e econômicos.




EIXOS NORTEADORES DO 8º ANO
Geografia e Regionalização do Espaço
  • O mundo dividido: países capitalistas e socialistas
  • Regionalização pelo nível de desenvolvimento
  • Países do Norte e países do Sul
  • Regionalização de acorde com IDH
Economia global
  • A economia do mundo atual
  • As transnacionais
  • Os blocos econômicos
O continente americano
  • Localização e regionalização da America
  • A formação histórica do Continente americano
  • Relevo e hidrografia da America
  • Clima e vegetação da América

A população e a economia da America

  • A população da America
  • Atividades do setor primário na America
  • Desenvolvimento do setor secundário
  • O crescimento do setor terciário

America do Norte
  • Estados Unidos: território e população
  • Canadá: o maior país da America
  • México entre países ricos e países pobres
América Central, America Andina e Guiana
  • America Central: continental e insular
  • Guiana, Suriname e Guiana Francesa
  • América Andina: Chile, Bolívia e Peru
  • America Andina: Venezuela, Equador e Colômbia

America Platina
  • America platina: aspectos gerais
  • O Paraguai
  • O Uruguai
  • A Argentina
O Brasil
  • Política externa brasileira
  • Brasil: potencia regional
  • O Brasil e as organizações internacionais


COMPETÊNCIAS DO 9ª ANO

  • Promover a discussão de uma temática atual, a globalização, de modo que o aluno compreenda as transformações ocorridas no espaço geográfico, a partir desse processo;
  • Posicionar conscientemente em diante do processo de globalização da relação sociedade natureza, do consumismo e das diferentes posições ideológicas sobre as questões do tema.
  • Abordar o continente europeu, comparando as diferenças ente ele e o Brasil, apresentar e discutir as diferentes formas de regionalização do continente;
  • Analisar com riqueza de detalhes a relação entre a economia e a organização do espaço geográfico dos países em destaques;
  • Compreender os aspectos político, econômicos e ambientais da Europa Oriental. Com desmembramento da união Soviética e a diminuição de suas influencias nos chamados países satélites e suas transformações na ultima década do século XX;
  • Posicionar criticamente em relação à diversidade étnica e cultural;
  • Compreender os aspectos político, econômicos e ambientais da Asia oriental(China, Mongólia,)e as nações conhecida como Tigres Asiáticos( Taiwan, Cingapura, Hong Kong e Coréia do Sul).


HABILIDADES DO 9ª ANO

  • Discutir o papel do desenvolvimento técnico - cientifico na transformação do espaço mundial, recorrendo à periodização que analisa o espaço geográfico atual como resultado de períodos históricos que o antecederam;
  • Compreender o desenvolvimento capitalismo para ter uma posição consciente sobre a relação sociedade e natureza;
  • Orientar leitura do espaço geográfico a partir das relações sociedade e natureza, enfocando o papel de importantes transformações históricas como marcadoras de períodos de transformações e reorganizações do espaço geográfico;
  • Compreender o processo de globalização a partir de situação cotidiano de modo que o aluno compreenda a existência de possibilidades de desenvolvimento com qualidade de vida para todos;
  • Descrever os aspectos que compõe esses conjuntos regionais com características dos Estados Unidos características dos Estados Unidos e Canadá;
  • Abordar a organização regional a partir das características que lhes são peculiares. Em seguida, destacar aspectos naturais e humanos de cada país;
  • Estudar e analisar características físicas, o processo de povoamento, organização territorial e o processo de regionalização da Europa, além dos aspectos populacional referentes às formações, distribuição e o crescimento populacional, alem do processo de deslocamento ocorrido a partir do século XVI até os dias atuais e suas conseqüências;
  • Desenvolver a compreensão e a análise dos aspectos socioeconômicos e políticos dos países que compõe a Europa ocidental. Promover estudos mais detalhados da integração econômica da Europa ocidental após a Segunda Guerra Mundial e suas conseqüências para o desenvolvimento da região;
  • Apresentar a região a partir dos acontecimentos geopolíticos que resultam numa nova organização do espaço geopolítico. Destaque para os conflitos étnicos como demarcadores de uma regionalização do espaço geográfico;
  • Localizar e compreender o processo de organização do espaço, relacionando os fatores naturais e humanos que o evidenciam;
  • Compreender elementos para a compreensão do processo de organização do espaço geográfico japonês e seu desenvolvimento industrial e econômico. Analisar e discutir os aspectos populacionais e política implantada após a Segunda Guerra Mundial;
  • Relacionar a organização do espaço geográfico nipônico com o seu processo de desenvolvimento econômico e cultural.

EIXOS NORTEADORES DO 9º ANO
Países e conflitos mundiais

  • Estado, nação, território e país
  • As Grandes Guerras e a Guerra Fria
  • Terrorismo

Globalização e Organizações Mundiais
  • A globalização e seus efeitos
  • Globalização e meio ambiente
  • Globalização e organizações econômicas
  • Globalização e direitos humanos
O Continente Europeu
  • A população européia
  • A economia européia
  • A União Européia
Leste europeu e CEI
  • A Europa Oriental e Socialismo
  • A crise do socialismo e o fim da bipolarização
  • A CEI (Comunidade de Estados Independentes)
  • Europa Oriental: economia e sociedade

O Continente asiático
  • A população asiática
  • A economia do continente asiático


O continente africano
  • Quadro natural e regionalização da África
  • A economia africana
  • Fome, doenças e conflitos na África

Oceania e regiões polares
  • Austrália e Nova Zelândia

  • A região Ártica e Antártica


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Esta proposta baseia-se em conhecimentos históricos que tornam significativos para os alunos, como saber escolar e social quando contribuem para que eles reflitam sobre as vivências e as produções humanas, materializadas no seu espaço de convívio direto e nas organizações das sociedades de tempos e espaços diferentes, reconhecendo-as como decorrentes de contradições e de regularidades históricas.
Nesse sentido, propõe-se, para o ensino de Geografia conteúdos e situações de aprendizagem que possibilitem aos alunos refletir criticamente sobre as convivências e as obras humanas.
Propõe-se assim, que os alunos conheçam e debatam as contradições, os conflitos, as mudanças, as permanências, as diferenças e as semelhanças existentes no interior das coletividades.
Essa abordagem insere-se numa perspectiva de questionamentos da realidade organizada desdobrando-se em conteúdos históricos que envolvem explicitações e interpretações das ações de diferentes sujeitos.
Portanto para tais ações são favorecidas assim as diferentes leituras de cunho prático e teórico bem como: espaço de vivência, as diferentes leituras de jornais e revistas, o debate sobre os problemas do bairro ou da cidade, as pesquisas de cunho social e econômico entre a população; identificação de diferentes propostas e compreensão das mesmas para uma solução dos problemas além das estratégias de intervenção sobre a realidade desse espaço e da realidade social.

AVALIAÇÃO
Recentemente as discussões sobre a avaliação na escola apontam para a certeza de que o processo não se deve restringir a determinados momentos da aprendizagem escolar voltados para a classificação dos alunos, geralmente para a aquisição de notas. Nesse caso, a avaliação tem o papel fundamental de verificação de resultados objetivos dos conteúdos trabalhados e documentar o desempenho escolar. Portanto a avaliação deve ser vista não como um fim, mas como um meio de o docente identificar os avanços e as dificuldades do seu trabalho e orientar sua prática pedagógica em busca dos objetivos da aprendizagem em um processo diagnóstico e contínuo.
Nesse sentido empregam-se instrumentos de avaliação, tais como: ficha de acompanhamento, autoavaliação, relatórios, diálogos, etc.
Tais ferramentas não só possibilitam uma avaliação contínua e dinâmica do processo de ensino-aprendizagem, mas também criam uma diversidade de situações que exploram as diferentes habilidades dos alunos.









REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTE, Lena de Souza; A geografia escola e a cidade: Ensaio sobre o ensino de geografia para a vida urbano cotidiano/ Lana de Souza Cavalcante – campinas, São Paulo: Papirus, 2008.
GEOGRAFIA. Espaço e vivência (Ensino Fundamental) .I. Baligian, Leon.II. Martinez, Rogerio.III. Vidal, Wanessa Pires Garcia. IV. Boligian, Andressa Turcatel Alves. Ed Atual.

PONTUSCHKA, Nidia Nacib; Para ensinar e aprender geografia/ Nídia Nacib Pontuschka, Tomoko Iyda Paganelli, Nuria Hanclei Cacete. 1ª Ed. – São Paulo: Cortez, 2007.
PROJETO ARARIBÁ: geografia/ organizadora Editora Moderna: obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Sonia Cunha de Souza Danelli – 2. Ed. – São Paulo: moderna, 2007.
Site: WWW.atualeditora.com

2 comentários:

  1. MUITO OBRIGADO POR TER CONTRIBUIDO COM MEU TRABALHO.POIS ENCONTREI MUITAS COISAS LEGAIS AQUI.BJS

    ResponderExcluir
  2. Material muito bem elaborado...Parabéns.

    ResponderExcluir